Respostas

Você tem curiosidade sobre Astronomia? Envie sua pergunta a um astrônomo profissional através do formulário. As perguntas respondidas podem ser consultadas abaixo:

Envio: 04/12/2015

Nome: Edenilson Da Silva

Cidade: Nova Prata Do Iguaçu - Pr

Resposta:
O início das estações do ano é muito bem definido: o que define o início da primavera ou do outono é o instante que o Sol está rigorosamente acima da linha do equador, indo de sul para norte (início do outono no hemisfério sul) ou de norte para sul (primavera). O que define o início do inverno (para nós do hemisfério sul) é o instante que o sol está sobre o Trópico de Câncer e o que define o início do verão é o instante em que o Sol está sobre o Trópico de Capricórnio. Estes são momentos muito bem determinados ao longo do ano, porém existem varias razões para que a hora e as vezes o próprio o dia do ano de troca das estações varie. A principal delas é que a duração do ano não corresponde a um número inteiro de dias, o ano tem 365,242189 dias. Essa irregularidade faz com que, de ano para ano, as estações troquem em dias e horas diferentes. Outra razão é a precessão do eixo da Terra, ele gira como um pião e dá uma volta completa a cada 26000 anos. Esse movimento também altera sutilmente o início das estações de um ano para outro. Finalmente, as forças de maré exercidas pela Lua, pelo Sol e pelos demais planetas também alteram sutilmente a órbita da Terra, o que provoca essas variações. Note porém que essas variações não deslocam continuamente os instantes de troca das estações num sentido ou noutro do calendário. Como o próprio calendário gregoriano, o que usamos, prevê a maioria dessas variações na contagem dos anos, as variações são sempre de algumas horas para frente ou para trás no calendário.

Envio: 30/11/2015

Nome: Beth Melo

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
Existe um equívoco nessa visão do céu. As constelações não são grupos de estrelas fisicamente próximas umas das outras, elas são compostas por estrelas que estão numa mesma direção quando olhadas daqui das vizinhanças do Sol onde moramos! Qualquer constelação tem estrelas que estão razoavelmente próximas do Sol e outras muito distantes. É muito mais correto imaginar-se as constelações como um "loteamento", uma divisão do céu visto da Terra em 88 partes irregulares, que são as 88 constelações reconhecidas. Assim sendo, não tem sentido falar-se numa constelação à qual o Sol pertence.

Envio: 06/11/2015

Nome: Pedro Henrique Claudino

Cidade: Curitiba

Resposta:
Esta é apenas uma feliz coincidência. Não existe uma razão física que imponha tal coincidência, porém os especialistas em evolução da vida dizem que nossa lua é do "tamanho certo" para favorecer a evolução da vida complexa: se fosse maior, implicaria em forças de maré muito maiores que aquelas que temos, o que atrapalharia a evolução da vida. E se fosse menor, não atuaria como "âncora gravitacional" da Terra, garantindo a estabilidade do eixo de rotação, o que também é muito importante para a evolução das espécies. Deve-se lembrar também que a distância Terra-Lua, e portanto o diâmetro aparente da Lua, não é constante: a Lua está lentamente se afastando da Terra (na taxa de 2,5 centímetros por ano), devido à ação das forças de maré. Em função deste processo, há alguns bilhões de anos no passado ela estava bem mais próxima, era muito maior em termos angulares e a rotação da Terra era mais rápida. No futuro, ao contrário, os dias serão mais lentos e a Lua não conseguirá encobrir o disco do Sol nos eclipses solares.

Envio: 29/10/2015

Nome: Heber Leandro Nunes

Cidade: Recife-Pe

Resposta:
De fato, os números estão corretos. A força de atração gravitacional que a Terra exerce sobre a Lua é menor que a do Sol. Por que não "perdemos" a Lua? Porque a mesma está numa órbita estável em tornos do Sol, assim como a Terra. É a velocidade orbital, que é a mesma da Terra, que permite que a mesma mantenha-se numa órbita estável em torno de nosso planeta. Pode-se dizer que a força gravitacional exercida pela Terra atua como uma perturbação na órbita da Lua em torno do Sol. Visto a partir do Sol, o movimento da Lua é muito similar à órbita da Terra, com uma pequena perturbação em forma senoidal devido ao fato que a Lua dá um pouco mais de 13 voltas em torno da Terra em um ano. (o período sideral da Lua, sua órbita em torno da Terra, é de 27,32 dias)

Envio: 20/10/2015

Nome: Mayara Cristina

Cidade: São Paulo

Resposta:
Se for visto de fora da atmosfera da Terra, de fato o Sol é branco. Nós vemos ele de cor amarelada porque a nossa atmosfera absorve e reflete parte da luz solar, e este processo é mais eficiente no azul, tanto é que por causa dessa luz espalhada o céu é azul durante o dia. Assim, vemos o Sol mais amarelado. E quando ele está próximo ao horizonte, logo que nasce ao leste ou um pouco antes de se pôr a oeste, vemos ele ainda mais vermelho porque a luz atravessa uma camada ainda mais espessa da atmosfera e portanto a sua luz "perde" mais ainda sua fração azulada.

Envio: 16/10/2015

Nome: Milena

Cidade: Camaçari,Ba

Resposta:
A forma como vemos a Lua depende da sua posição em relação ao Sol e de como os raios solares incidem sobre ela. A órbita da Lua em torno da Terra e do sistema Terra-Lua em torno do Sol, que juntas definem o ciclo das fases da Lua, é muito estável e não houve mudanças. Deve-se notar porém que a maneira como vemos a Lua no céu para uma fase específica muda significativamente com a latitude do observador. Para observadores mais próximos do equador ou mais afastados, a percepção da fração iluminada da Lua parece diferente, mas é apenas uma questão de perspectiva do observador. O mesmo acontece quando se comparam imagens da lua feitas do hemisfério norte ou do sul.

Envio: 29/09/2015

Nome: Patricia Fideles

Cidade: Uberlândia-Mg

Resposta:
Os eclipses solares ocorrem quando a Lua se coloca entre o Sol e a Terra. E os lunares quando a Terra se coloca entre o Sol e a Lua. Nessas duas situações eles sempre podem ser vistos a olho nu. Se for invisível a olho nu é porque o eclipse não ocorreu. Apenas eclipses em outros planetas, como as luas de Júpiter provocando sombra no próprio planeta, requerem telescópios para ser vistos.

Envio: 19/09/2015

Nome: Leonardo Meneghin

Cidade: Indaiatuba, Sp

Resposta:
Energia orbital específica é um conceito da mecânica celeste. Se um corpo menor (como um satélite artificial) estiver em órbita de outro maior (como a Terra), pode-se entender a energia orbital específica como a soma das energias cinética e potencial de ambos. Para uma órbita elíptica (e portanto fechada), a energia orbital específica é o negativo da energia necessária para acelerar a massa de um quilograma até a velocidade de escape do corpo maior. Esta energia normalmente é expressada em J/kg.

Envio: 19/09/2015

Nome: Leonardo Meneghin

Cidade: Indaiatuba, Sp

Resposta:
Por estarem muito próximas, a Terra e a Lua têm muita influência uma na outra. A Lua induz as marés nos oceanos por exemplo, e as forças de maré da Terra por sua vez foram responsáveis pelo fato da Lua ter sempre a mesma face voltada para a Terra. Note que este efeito se deve principalmente às massas de ambos os corpos e não à rotação ou translação, porém é o movimento orbital da Lua em torno da Terra que provoca as marés em distintas regiões sucessivamente.

Envio: 20/08/2015

Nome: Roberto Matajs

Cidade: Cotia

Resposta:
Isto ocorre porque o calendário muçulmano é lunar e divide o ano em 12 meses lunares num total de 354 dias por ano. Como essa contagem é bem menor que a duração verdadeira do ano trópico, que é de 365,242199 dias, a contagem dos anos passa mais rápido no mesmo.

Envio: 16/08/2015

Nome: Luis Antonio Da Silva

Cidade: Itumbiara Go

Resposta:
A rigor, esta não é uma questão de astronomia e sim de agronomia! Mas não existe tal relação. Nem deveria existir já que não existe relação de causa e efeito entre a fase da lua e um cultivo agrícola. Não existe nenhuma conexão entre um fato e outro. Se existisse, essa conexão seria muito fácil de ser testada do ponto de vista estatístico: bastaria plantar a mesma cultura num mesmo local, e portanto submetida às mesmas condições de solo, clima e irrigação, em fases da lua diferentes. E depois avaliar o crescimento. Que seja de nosso conhecimento, não existe na literatura técnica nenhum relato que confirme tal efeito.

Envio: 22/07/2015

Nome: Barbara Gabriela

Cidade: Goiânia Goiás

Resposta:
Existem modelos para o funcionamento interno do Sol que predizem uma diminuição forte da atividade magnética do mesmo a partir de 2030. Esse fenômeno foi o que desencadeou a mini era glacial ocorrida entre a metade do século 17 e a metade do século 18, porém ainda é cedo para saber realmente o que vai ocorrer. Não é claro por exemplo qual o papel do efeito estufa produzido pela atividade humana nesse cenário: será que os dois efeitos vão se cancelar mutuamente? Ainda não existe uma resposta para isso. Esta previsão nada tem a ver com o afastamento da Lua, que é muito lento, cerca de 2,5 centímetros por ano. Note que nessa taxa, em 20 anos isso corresponde a apenas meio metro!

Envio: 11/07/2015

Nome: Barbara Gabriela

Cidade: Goiânia Goiás

Resposta:
Porque de todas as centenas de bilhões de estrelas de nossa galáxia, apenas o Sol está próximo de nós o suficiente para ter influência direta em nosso planeta. Toda a vida na Terra é alimentada pelo Sol através da fotossíntese das plantas e da luz e calor que ele fornece para manter todas as formas de vida.

Envio: 22/06/2015

Nome: Isabel Barbosa

Cidade: Barcelos

Resposta:
O regime das marés é regulado pelas posições relativas do Sol, da Lua e da Terra. É este arranjo de 3 corpos que define as marés. Em menor escala, as variações na distância Terra-Sol e Terra-Lua também têm influência, lembre que, como descrito pelas Leis de Kepler, tanto a órbita da Terra em torno do Sol como a da Lua em torno da terra são elipses e não círculos perfeitos. Portanto, o solstício não é um fator que influencia as marés. Por outro lado, claro que o regime das estações do ano define as variações periódicas na temperatura da água do mar nos diferentes hemisférios, mas nós não temos especialistas em oceanografia em nosso departamento, portanto não temos como detalhar efeitos como a variação da temperatura da água ou do tamanho das ondas. Para saber essas informações, sugerimos que você procure entrar em contato com o Instituto Oceanográfico da USP.

Envio: 09/06/2015

Nome: Horacio

Cidade: Campinas

Resposta:
Ainda não existe uma resposta definitiva a esta questão. Existem sugestões na literatura especializada de que a última extinção em massa ocorrida na Terra, que marca o final do período Pleistoceno e a última era glacial, tenha sido provocada por um "flare" solar gigante ocorrido há 12.900 anos. Este evento teria provocado a extinção da chamada "megafauna", dos grandes mamíferos tais como a preguiça gigante, porém esta é uma hipótese que ainda está em discussão. De qualquer forma, tais explosões podem ser extremamente energéticas, um "flare" medido em 2005 numa estrela semelhante ao Sol na direção da constelação de Pégaso foi centenas de milhões de vezes mais energético do que as explosões solares e certamente teria forte impacto na vida na Terra caso tivesse ocorrido no Sol, mas este felizmente é bem mais calmo. A atividade solar não tem influências externas ao sistema solar.