Respostas

Você tem curiosidade sobre Astronomia? Envie sua pergunta a um astrônomo profissional através do formulário. As perguntas respondidas podem ser consultadas abaixo:

Envio: 30/03/2023

Nome: Michele Santos

Cidade: Jaguaquara

Resposta:
O planeta como um todo dá uma volta em torno de seu eixo a cada 24 horas. Como o perímetro da Terra no equador é de 40.075 km, a velocidade do planeta no equador em relação a um ponto de referência estático e fora da Terra é de 40075 km / 24 h = 1669 km/h (no equador). À medida que o observador se desloca para o polo, o perímetro vai diminuindo, portanto na conta anterior a velocidade também vai diminuindo. Exatamente no polo a velocidade será nula sim, já que o perímetro também é nulo. Para saber a velocidade numa latitude qualquer, basta multiplicar o valor da mesma no equador pelo cosseno da latitude do lugar. Aqui na cidade de São Paulo por exemplo, a latitude é de 23,5 graus. Como o cosseno de 23,5 é 0,917, a velocidade de deslocamento da superfície em nossa latitude é 1669 x 0.917 = 1530 km/h.

Envio: 28/02/2023

Nome: Danielle Lemos

Cidade: Guidoval

Resposta:
O eixo da Terra não muda, ele é inclinado de 23,5 graus em relação ao eixo do movimento de translação. É justamente essa inclinação que é a responsável pelo ciclo das estações: quando o Sol incide mais diretamente no hemisfério sul e de forma mais oblíqua no hemisfério norte, é verão no sul e inverno no norte. Seis meses depois o inverso ocorre: o sol incide mais diretamente no hemisfério norte e de forma mais inclinada no sul, caracterizando assim o verão no norte e o inverno no sul. O extremo norte da inclinação do Sol corresponde ao solstício de inverno no sul e de verão no norte. Seis meses depois ocorre o inverso. E os dois equinócios, da primavera e do outono, ocorrem quando o Sol incide verticalmente sobre o equador. Veja as ilustrações neste link para ficar mais claro: https://fisicasemmisterios.webnode.com.br/products/esta%C3%A7%C3%B5es%20do%20ano/

Envio: 13/08/2022

Nome: Silvia Cassini

Cidade: Porto Alegre

Resposta:
A posição do Sol no horizonte depende do ciclo das estações do ano. Independentemente da latitude em que o observador está, o Sol estará no limite sul de suas posições no horizonte no início do verão do hemisfério sul, ou seja, em torno do dia 21 de dezembro. Em contrapartida, ele estará no limite norte no início do inverno, em torno do dia 21 de junho. E o meio do trajeto será nos equinócios da primavera e do outono, que no hemisfério sul ocorrem respectivamente nos dias 21 de setembro e 21 de março. Essas datas podem variar um dia para mais ou para menos dependendo do ano ser bissexto ou não. É possível calcular tudo isso, claro. A informação que você procura é o azimute do Sol no nascer e no ocaso. Normalmente os anuários astronômicos fornecem essa informação.

Envio: 21/07/2022

Nome: Fabio Teixeira Almeida Marçal

Cidade: Ceilândia Sul

Resposta:
Sim, sem dúvida. As posições relativas do Sol e da Lua são as mesmas vistas de qualquer lugar do planeta, mas em consequência da rotação da Terra, a visibilidade não é simultânea em todos os lugares: Se estamos vendo o Sol e a Lua agora aqui do Brasil (9h da manhã), um observador no Japão só vai vê-los na mesma posição depois de 12 horas.

Envio: 14/07/2022

Nome: Guilherme Silva

Cidade: Balneário Camboriú - Sc

Resposta:
A órbita da Terra em torno do Sol é uma elipse e essa elipse é plana sim! Para haver mudanças no plano orbital seria necessária a ação de alguma força externa, o que não existe no. caso dos planetas em torno do Sol. Modelos de mecânica celeste indicam que planetas orbitando em torno de um sistema duplo poderiam ter órbitas não-planas, mas este obviamente não é o caso de nosso sistema planetário.

Envio: 30/06/2022

Nome: Roger Leandrino

Cidade: Cotia -Sp

Resposta:
Não existe uma resposta simples para sua questão. Cada um dos movimentos da Terra pode ser decomposto em termos periódicos. Veja o mais simples deles, por exemplo, a rotação: ela tem um período bem definido, que é conhecido desde a pré-história devido ao ciclo dia-noite. Porém este período pode ser decomposto em diversos termos que incluem as oscilações causadas pelas variações diárias e sazonais de temperatura e pelas forças de maré exercidas pela Lua e pelo Sol. Alguns deles foram constatados desde a pré-história como a rotação, definida pelo ciclo dia-noite, e a translação, definida pelo ciclo das estações do ano.

Não temos como fazer um levantamento de cada um desses movimentos para investigar como e quando cada um foi descrito pela primeira vez, mas uma lista dos movimentos principais da Terra deve incluir:

1) Rotação em torno de seu eixo

2) Translação em torno do Sol

3) Precessão do eixo

4) Nutação, ou seja, a oscilação da precessão

5) Deslocamento do periélio da órbita do planeta em torno do Sol

6) variação periódica da obliquidade da eclíptica

7) Variação da excentricidade da forma elíptica da órbita

8) Movimento de centro de massa Terra-Lua pelas forças de maré

9) Oscilação do movimento de translação em torno do centro de massa do Sistema Solar

10) Perturbações do movimento devido às forças de Maré

11) Perturbações do movimento devido à interações gravitacionais com os planetas

12) Movimento Helicoidal do Sol enquanto se desloca pelo disco galáctico

13) Rotação do Sol em torno do centro da Via Láctea

14) Translação junto com a nossa galáxia, que também não é estática

Cada um destes movimentos pode ser decomposto em diversos termos. O último por exemplo pode ser decomposto em diversas partes já que nossa galáxia se desloca em relação à galáxia de Andrômeda, mas todo o Grupo Local de galáxias (incluindo a Via Láctea e Andrômeda) se desloca em relação ao Grupo de Virgo. Numa escala ainda maior, o superaglomerado local de galáxias (que inclui o Grupo Local, o Grupo de Virgo e diversos outros) se desloca em direção ao superaglomerado de Hidra-Centauro, e assim sucessivamente.

Envio: 25/06/2022

Nome: Lilian Santos Roque

Cidade: São Paulo

Resposta:
Você não encontrará estudos acadêmicos tipo Mestrado ou Doutorado sobre a forma da Terra por uma razão muito simples: esse é um conhecimento já estabelecido há muitos séculos! Não faria, portanto, o menor sentido alguém se dedicar a "provar" tal hipótese agora. Seria como alguém elaborar uma tese de doutorado para provar que 2 + 2 = 4. Por outro lado, existem diversos trabalhos didáticos ou jornalísticos explicando a forma da Terra. Veja estes aqui por exemplo:

https://baiadoconhecimento.com/biblioteca/conhecimento/read/174144-como-podemos-afirmar-que-a-terra-e-esferica

https://cienciahoje.org.br/artigo/a-terra-e-redonda/

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/7-fatos-cientificos-que-provam-que-terra-nao-e-plana.html

Envio: 13/06/2022

Nome: Tales Scisinio

Cidade: Barra Do Garças - Mt

Resposta:
A inclinação do eixo da Terra é definida em relação a uma reta perpendicular ao plano da órbita de nosso planeta em torno do Sol. Essa inclinação é a responsável pelo ciclo das estações pois, ao longo do ano, a luz do Sol incide mais diretamente num hemisfério e depois no outro. Ela tem o nome de "obliquidade da eclíptica" e atualmente é de 23,436 graus. Essa inclinação tem sido medida por muito tempo usando diversas técnicas. Atualmente o valor está diminuindo, mas o eixo de rotação de nosso planeta NÃO ESTÁ verticalizando! Nem teria como isso acontecer por uma mera questão das leis físicas de conservação do momentum angular. A inclinação do eixo varia entre 22,1 e 24,5 graus por ação das marés, mas não além disso, como é demonstrado por medidas existentes por pelo menos 3000 anos.

Envio: 06/06/2022

Nome: Pedro Paulo Prado

Cidade: São Paulo

Resposta:
Existem distintas maneiras de definir a distância Terra-Lua. O que se chama de distância característica (ou distância média) corresponde ao semieixo maior da órbita da Lua, considerado como o centro de massa da mesma orbitando o centro de massa da Terra. Portanto trata-se da distância referida ao centro dos dois corpos. A distância instantânea, obtida a partir dos retrorefletores de raios laser colocados na Lua pelas missões Apollo, varia instantaneamente devido à órbita elíptica da Lua em torno da Terra e também se refere aos centros dos dois corpos.

Envio: 02/06/2022

Nome: Joaquim Melo Vieira

Cidade: Lages

Resposta:
Não existe nenhuma possibilidade física da Terra parar de girar. A razão é muito simples: não existe um freio capaz de paralisar completamente a rotação de nosso planeta. O que está acontecendo de forma muito lenta é uma pequena desaceleração na velocidade de rotação: a cada século a duração do dia fica em média 1,8 milésimos de segundo mais longa. Isso quer dizer que há 600 milhões de anos, antes da época dos dinossauros portanto, a duração do dia, era de aproximadamente 21 horas. Mas isso não significa que a Terra irá parar de girar.

Envio: 29/05/2022

Nome: Ricardo Fernandes

Cidade: São Paulo

Resposta:
Porque este é o mesmo sentido da rotação do Sol, e também o mesmo sentido das órbitas de todos os planetas. Este sentido comum de orientação é uma "herança" do sentido de rotação da nebulosa protossolar, da qual o Sol se formou e, com ele, todo o sistema planetário. Tecnicamente, trata-se de uma consequência direta das leis de conservação da física, em particular a lei de conservação do momentum angular: se a nebulosa da qual o sistema solar se formou girava num sentido, todos os corpos dela originados tendem a girar no mesmo sentido.

Envio: 19/05/2022

Nome: Hugo

Cidade: Campo-Grande, Ms

Resposta:
As estrelas sempre estão no céu, nós vemos elas ao anoitecer porque o Sol deixa de iluminar a atmosfera da Terra. Assim, a atmosfera deixa de refletir parte da luz do Sol e o céu deixa de ser azul brilhante, permitindo ver as estrelas. O único movimento que vemos nelas é o efeito da rotação da Terra: as estrelas, assim como o Sol e a Lua, aparentam nascer no horizonte leste e se põem no oeste, mas esse é apenas o efeito da rotação da Terra.

Envio: 11/05/2022

Nome: Jaqueline

Cidade: Betim

Resposta:
O fato de falarem mais em eclipses nos últimos anos provavelmente está relacionado à circulação maior de informações que está ocorrendo depois da popularização da internet, porque o ciclo de ocorrência dos eclipses é conhecido há pelo menos 2500 anos, talvez bem mais do que isso. Os eclipses são consequência dos movimentos relativos do Sol, da Terra e da Lua e, com o uso de computadores, eles podem ser previstos com séculos de antecedência, não existe nenhuma surpresa em sua ocorrência. Todos os anos ocorrem eclipses, a cada ano ocorrem entre 2 e 7 deles, combinando-se os solares e os lunares. O que acontece é que os eclipses solares são visíveis apenas de uma fração muito pequena da Terra e, de fato, para um mesmo local, a ocorrência de dois eclipses solares totais é bem rara.

Envio: 03/05/2022

Nome: Marilda

Cidade: Curitiba

Resposta:
A órbita da Lua em torno da Terra é uma elipse. A distância máxima é de 406.700 km e a mínima é de 356.500 km. Transformando-se em diâmetro angular, o diâmetro mínimo, com a Lua no apogeu, é de 29,7 minutos de arco e o máximo, com a Lua no perigeu, é de cerca de 34 minutos de arco. Essa variação do diâmetro angular não é grande e normalmente não pode ser notada a olho nu, ainda que possa ser facilmente medida com instrumentos como teodolitos.

Envio: 30/04/2022

Nome: Ronaldo Costa

Cidade: Belém

Resposta:
O método mais usado para determinar a idade de nosso planeta é a datação das rochas: usando-se a chamada técnica de datação radiométrica é possível determinar a idade dos minerais naturalmente radioativos. As rochas mais antigas da Terra estão na Austrália Ocidental e através delas chega-se a 4,4 bilhões de anos aproximadamente. Aplicando a mesma técnica a minerais ainda mais velhos como as amostras trazidas da Lua, chega-se a 4,54 ± 0,05 bilhões de anos para o nosso planeta. Essa idade é compatível com o que é estimado para a idade do sistema solar como um todo, o que também pode ser feito aplicando-se a mesma técnica para datar meteoritos.