Respostas

Você tem curiosidade sobre Astronomia? Envie sua pergunta a um astrônomo profissional através do formulário. As perguntas respondidas podem ser consultadas abaixo:

Envio: 18/05/2023

Nome: Davi Boletta

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
As técnicas para descobrir como é e estudar o interior da Lua são as mesmas usadas para estudar o interior da Terra: usam-se equipamentos como sismógrafos e magnetômetros instalados na superfície para sondar e mapear a parte interna. O interior da Lua não foi descoberto por uma única pessoa, ele foi estudado a partir dos equipamentos deixados na superfície de nosso satélite durante os voos tripulados feitos entre 1969 e 1972.

Envio: 18/05/2023

Nome: Vinícius

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Não, só as estrelas com massa muito grande (no mínimo 10 vezes a massa do Sol) é que explodem ao final do seu ciclo evolutivo, um fenômeno é chamado "supernova". No caso do Sol, daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos ele vai aumentar de volume, transformando-se numa estrela do tipo gigante. Depois dessa fase ele vai se transformar numa estrela do tipo "anã branca", muito fraca.

Envio: 01/05/2023

Nome: Taís

Cidade: Campos Dos Goytacazes

Resposta:
Um meteoro não é exatamente um "astro" já que está dentro da atmosfera da Terra. Chama-se "meteoro" aquele traço luminoso muito rápido visto no céu noturno quando um pequeno meteoroide entra na atmosfera e se queima rapidamente por atrito. Os objetos que produzem os meteoros são fragmentos muito pequenos de rocha que existem no meio interplanetário, tipicamente eles têm menos de um centímetro. Mas o meteoro, ou seja, o evento luminoso, emite luz própria, portanto é luminoso e não iluminado.

Envio: 30/03/2023

Nome: Michele Santos

Cidade: Jaguaquara

Resposta:
O planeta como um todo dá uma volta em torno de seu eixo a cada 24 horas. Como o perímetro da Terra no equador é de 40.075 km, a velocidade do planeta no equador em relação a um ponto de referência estático e fora da Terra é de 40075 km / 24 h = 1669 km/h (no equador). À medida que o observador se desloca para o polo, o perímetro vai diminuindo, portanto na conta anterior a velocidade também vai diminuindo. Exatamente no polo a velocidade será nula sim, já que o perímetro também é nulo. Para saber a velocidade numa latitude qualquer, basta multiplicar o valor da mesma no equador pelo cosseno da latitude do lugar. Aqui na cidade de São Paulo por exemplo, a latitude é de 23,5 graus. Como o cosseno de 23,5 é 0,917, a velocidade de deslocamento da superfície em nossa latitude é 1669 x 0.917 = 1530 km/h.

Envio: 28/02/2023

Nome: Danielle Lemos

Cidade: Guidoval

Resposta:
O eixo da Terra não muda, ele é inclinado de 23,5 graus em relação ao eixo do movimento de translação. É justamente essa inclinação que é a responsável pelo ciclo das estações: quando o Sol incide mais diretamente no hemisfério sul e de forma mais oblíqua no hemisfério norte, é verão no sul e inverno no norte. Seis meses depois o inverso ocorre: o sol incide mais diretamente no hemisfério norte e de forma mais inclinada no sul, caracterizando assim o verão no norte e o inverno no sul. O extremo norte da inclinação do Sol corresponde ao solstício de inverno no sul e de verão no norte. Seis meses depois ocorre o inverso. E os dois equinócios, da primavera e do outono, ocorrem quando o Sol incide verticalmente sobre o equador. Veja as ilustrações neste link para ficar mais claro: https://fisicasemmisterios.webnode.com.br/products/esta%C3%A7%C3%B5es%20do%20ano/

Envio: 13/08/2022

Nome: Silvia Cassini

Cidade: Porto Alegre

Resposta:
A posição do Sol no horizonte depende do ciclo das estações do ano. Independentemente da latitude em que o observador está, o Sol estará no limite sul de suas posições no horizonte no início do verão do hemisfério sul, ou seja, em torno do dia 21 de dezembro. Em contrapartida, ele estará no limite norte no início do inverno, em torno do dia 21 de junho. E o meio do trajeto será nos equinócios da primavera e do outono, que no hemisfério sul ocorrem respectivamente nos dias 21 de setembro e 21 de março. Essas datas podem variar um dia para mais ou para menos dependendo do ano ser bissexto ou não. É possível calcular tudo isso, claro. A informação que você procura é o azimute do Sol no nascer e no ocaso. Normalmente os anuários astronômicos fornecem essa informação.

Envio: 21/07/2022

Nome: Fabio Teixeira Almeida Marçal

Cidade: Ceilândia Sul

Resposta:
Sim, sem dúvida. As posições relativas do Sol e da Lua são as mesmas vistas de qualquer lugar do planeta, mas em consequência da rotação da Terra, a visibilidade não é simultânea em todos os lugares: Se estamos vendo o Sol e a Lua agora aqui do Brasil (9h da manhã), um observador no Japão só vai vê-los na mesma posição depois de 12 horas.

Envio: 14/07/2022

Nome: Guilherme Silva

Cidade: Balneário Camboriú - Sc

Resposta:
A órbita da Terra em torno do Sol é uma elipse e essa elipse é plana sim! Para haver mudanças no plano orbital seria necessária a ação de alguma força externa, o que não existe no. caso dos planetas em torno do Sol. Modelos de mecânica celeste indicam que planetas orbitando em torno de um sistema duplo poderiam ter órbitas não-planas, mas este obviamente não é o caso de nosso sistema planetário.

Envio: 30/06/2022

Nome: Roger Leandrino

Cidade: Cotia -Sp

Resposta:
Não existe uma resposta simples para sua questão. Cada um dos movimentos da Terra pode ser decomposto em termos periódicos. Veja o mais simples deles, por exemplo, a rotação: ela tem um período bem definido, que é conhecido desde a pré-história devido ao ciclo dia-noite. Porém este período pode ser decomposto em diversos termos que incluem as oscilações causadas pelas variações diárias e sazonais de temperatura e pelas forças de maré exercidas pela Lua e pelo Sol. Alguns deles foram constatados desde a pré-história como a rotação, definida pelo ciclo dia-noite, e a translação, definida pelo ciclo das estações do ano.

Não temos como fazer um levantamento de cada um desses movimentos para investigar como e quando cada um foi descrito pela primeira vez, mas uma lista dos movimentos principais da Terra deve incluir:

1) Rotação em torno de seu eixo

2) Translação em torno do Sol

3) Precessão do eixo

4) Nutação, ou seja, a oscilação da precessão

5) Deslocamento do periélio da órbita do planeta em torno do Sol

6) variação periódica da obliquidade da eclíptica

7) Variação da excentricidade da forma elíptica da órbita

8) Movimento de centro de massa Terra-Lua pelas forças de maré

9) Oscilação do movimento de translação em torno do centro de massa do Sistema Solar

10) Perturbações do movimento devido às forças de Maré

11) Perturbações do movimento devido à interações gravitacionais com os planetas

12) Movimento Helicoidal do Sol enquanto se desloca pelo disco galáctico

13) Rotação do Sol em torno do centro da Via Láctea

14) Translação junto com a nossa galáxia, que também não é estática

Cada um destes movimentos pode ser decomposto em diversos termos. O último por exemplo pode ser decomposto em diversas partes já que nossa galáxia se desloca em relação à galáxia de Andrômeda, mas todo o Grupo Local de galáxias (incluindo a Via Láctea e Andrômeda) se desloca em relação ao Grupo de Virgo. Numa escala ainda maior, o superaglomerado local de galáxias (que inclui o Grupo Local, o Grupo de Virgo e diversos outros) se desloca em direção ao superaglomerado de Hidra-Centauro, e assim sucessivamente.

Envio: 25/06/2022

Nome: Lilian Santos Roque

Cidade: São Paulo

Resposta:
Você não encontrará estudos acadêmicos tipo Mestrado ou Doutorado sobre a forma da Terra por uma razão muito simples: esse é um conhecimento já estabelecido há muitos séculos! Não faria, portanto, o menor sentido alguém se dedicar a "provar" tal hipótese agora. Seria como alguém elaborar uma tese de doutorado para provar que 2 + 2 = 4. Por outro lado, existem diversos trabalhos didáticos ou jornalísticos explicando a forma da Terra. Veja estes aqui por exemplo:

https://baiadoconhecimento.com/biblioteca/conhecimento/read/174144-como-podemos-afirmar-que-a-terra-e-esferica

https://cienciahoje.org.br/artigo/a-terra-e-redonda/

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/7-fatos-cientificos-que-provam-que-terra-nao-e-plana.html

Envio: 13/06/2022

Nome: Tales Scisinio

Cidade: Barra Do Garças - Mt

Resposta:
A inclinação do eixo da Terra é definida em relação a uma reta perpendicular ao plano da órbita de nosso planeta em torno do Sol. Essa inclinação é a responsável pelo ciclo das estações pois, ao longo do ano, a luz do Sol incide mais diretamente num hemisfério e depois no outro. Ela tem o nome de "obliquidade da eclíptica" e atualmente é de 23,436 graus. Essa inclinação tem sido medida por muito tempo usando diversas técnicas. Atualmente o valor está diminuindo, mas o eixo de rotação de nosso planeta NÃO ESTÁ verticalizando! Nem teria como isso acontecer por uma mera questão das leis físicas de conservação do momentum angular. A inclinação do eixo varia entre 22,1 e 24,5 graus por ação das marés, mas não além disso, como é demonstrado por medidas existentes por pelo menos 3000 anos.

Envio: 06/06/2022

Nome: Pedro Paulo Prado

Cidade: São Paulo

Resposta:
Existem distintas maneiras de definir a distância Terra-Lua. O que se chama de distância característica (ou distância média) corresponde ao semieixo maior da órbita da Lua, considerado como o centro de massa da mesma orbitando o centro de massa da Terra. Portanto trata-se da distância referida ao centro dos dois corpos. A distância instantânea, obtida a partir dos retrorefletores de raios laser colocados na Lua pelas missões Apollo, varia instantaneamente devido à órbita elíptica da Lua em torno da Terra e também se refere aos centros dos dois corpos.

Envio: 02/06/2022

Nome: Joaquim Melo Vieira

Cidade: Lages

Resposta:
Não existe nenhuma possibilidade física da Terra parar de girar. A razão é muito simples: não existe um freio capaz de paralisar completamente a rotação de nosso planeta. O que está acontecendo de forma muito lenta é uma pequena desaceleração na velocidade de rotação: a cada século a duração do dia fica em média 1,8 milésimos de segundo mais longa. Isso quer dizer que há 600 milhões de anos, antes da época dos dinossauros portanto, a duração do dia, era de aproximadamente 21 horas. Mas isso não significa que a Terra irá parar de girar.

Envio: 29/05/2022

Nome: Ricardo Fernandes

Cidade: São Paulo

Resposta:
Porque este é o mesmo sentido da rotação do Sol, e também o mesmo sentido das órbitas de todos os planetas. Este sentido comum de orientação é uma "herança" do sentido de rotação da nebulosa protossolar, da qual o Sol se formou e, com ele, todo o sistema planetário. Tecnicamente, trata-se de uma consequência direta das leis de conservação da física, em particular a lei de conservação do momentum angular: se a nebulosa da qual o sistema solar se formou girava num sentido, todos os corpos dela originados tendem a girar no mesmo sentido.

Envio: 19/05/2022

Nome: Hugo

Cidade: Campo-Grande, Ms

Resposta:
As estrelas sempre estão no céu, nós vemos elas ao anoitecer porque o Sol deixa de iluminar a atmosfera da Terra. Assim, a atmosfera deixa de refletir parte da luz do Sol e o céu deixa de ser azul brilhante, permitindo ver as estrelas. O único movimento que vemos nelas é o efeito da rotação da Terra: as estrelas, assim como o Sol e a Lua, aparentam nascer no horizonte leste e se põem no oeste, mas esse é apenas o efeito da rotação da Terra.

Envio: 18/05/2023

Nome: Isabela

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Existe a previsão de um voo tripulado para Marte ao redor de 2035, não antes disso. Mas mesmo esta data de 2035 é incerta, pois depende dos testes que estão sendo feitos em várias tecnologias que serão necessárias para a viagem.

Envio: 31/03/2023

Nome: Fernanda

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Considerando as massas, no sistema solar o menor planeta gasoso é Urano, com massa equivalente a 14,5 vezes a da Terra. Em termos do diâmetro, Netuno, cuja massa equivale a 17,15 vezes a da Terra, tem diâmetro de 49.528 km, sendo portanto um pouco menor do que Urano, cujo diâmetro é de 51.118 km.

Envio: 19/03/2023

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso

Resposta:
Sem dúvida, apenas olhando seu brilho aparente não é possível saber qual dos planetas é maior. Essa conclusão só foi obtida a partir da determinação de suas distâncias e de suas massas. A primeira determinação das distâncias foi feita por Nicolau Copérnico nas primeiras décadas do século 16, e a determinação das massas foi obtida por Kepler entre 1610 e 1620. As leis de Kepler e, posteriormente, a lei da gravitação de Newton permitem a determinação precisa das massas dos planetas.

Envio: 26/02/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
O único lugar do sistema solar onde está confirmado que existem vulcões ativos é Io, uma das luas de Júpiter. Em Vênus existem indícios de atividade vulcânica recente, mas sem confirmação. Outros corpos como a Lua, Mercúrio e Marte têm vulcões extintos. As características dos vulcões em cada corpo dependem do tipo e espessura da litosfera, bem como das características do interior planetário. A existência de vulcões explosivos em particular depende da composição química e densidade do magma, assim como do acúmulo de gás (em geral vapor d'água e dióxido de carbono) no interior da câmara de magma. Além da Terra, no sistema solar talvez existam essas condições em Vênus, porém nada até agora foi detectado. Nos demais corpos do sistema solar não é provável que existam vulcões explosivos. E nada se sabe sobre atividades vulcânicas em exoplanetas.

Envio: 18/01/2023

Nome: Cláudia Viterbo

Cidade: São Paulo

Resposta:
Copérnico propôs o modelo heliocêntrico para o sistema solar em 1543, em seu livro "De revolutionibus orbium coelestium", quase um século antes de Galileu publicar seu livro "Diálogos sobre os dois Sistemas Chefes do Mundo", o que só ocorreu em 1632. Este livro consiste num debate fictício entre um defensor do sistema geocêntrico clássico, que Galiileu chama de "sistema de Ptolomeu", e o sistema heliocêntrico, que ele chama de "sistema de Copérnico". Obviamente, quem ganha o debate é o defensor do sistema copernicano já que o próprio Galileu acreditava nele. Kepler, que viveu na mesma época de Galileu, também se referia ao sistema heliocêntrico como "sistema copernicano".

Envio: 08/01/2023

Nome: Gustavo Brito Pereira

Cidade: Capanema

Resposta:
A força gravitacional cai com o quadrado da distância, e como Júpiter e a Terra giram em torno do Sol com velocidades orbitais diferentes, a distância entre eles varia bastante. Arredondando os números, essa distância varia aproximadamente entre 600 e 900 milhões de km. Tomando um valor médio, essa força equivale a cerca de 1/90 da força gravitacional exercida pela Lua. Mas note que este raciocínio NÃO VALE para a força de maré, pois está é uma força diferencial que cai com o cubo das distâncias. A influência gravitacional de Júpiter sobre a Terra é desprezível em todos os aspectos. No link abaixo está a conta detalhada para o cálculo da força gravitacional da Lua sobre a Terra, caso você queira calcular para Júpiter, basta substituir a massa da lua pela de Júpiter e usar a distância correta :
https://byjus.com/question-answer/find-the-gravitational-force-exerted-by-earth-on-moon-if-distance-between-them-is-3/

Envio: 26/12/2022

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A definição de planetas é muito clara. Para ser considerado planeta, um corpo deve preencher necessariamente três condições: 1) estar em órbita ao redor do Sol; 2) ter forma determinada pelo equilíbrio hidrostático (arredondada) resultante do fato de que sua força de gravidade supera as forças de coesão dos materiais que o constituem; 3) ser um objeto de dimensão predominante entre os objetos que se encontram em órbitas vizinhas. Plutão obedece as duas primeiras condições mas não obedece a terceira, já que existem vários corpos de dimensões similares ou maiores em órbitas similares, por isso ele é considerado um planeta anão. Para ser considerado satélite de um planeta, basta que um corpo orbite este planeta, sem nenhuma outra condição. Por isso pequenas rochas são assim consideradas.

Envio: 10/12/2022

Nome: Renato Pereira

Cidade: São Paulo

Resposta:
A região mais interna do Sistema Solar, com distância ao Sol menor do que o raio da órbita de Netuno, já é bem conhecida e certamente não existem outros planetas, porém o sistema solar externo ainda é muito pouco conhecido. O Cinturão de Kuiper, onde se encontram Plutão e os demais planetas anões, talvez tenha muitas dezenas de objetos do porte dos planetas anões. Alguns já são conhecidos e receberam nomes como Eris, Sedna, Quaoar, Makemake... Quanto a existir ou não outro planeta "clássico", talvez do porte de Netuno, esta ainda é uma questão em aberto. Existem estudos baseados em pequenas diferenças detectadas entre as posições medidas e previstas para as órbitas de Urano e Netuno que indicam a possibilidade da influência gravitacional de outro corpo massivo, mas tudo ainda está no terreno das hipóteses. Os estudos revelam que, se este astro existir, ele deve estar cerca de 20 vezes mais longe do Sol do que Netuno e deve levar entre 10.000 e 20.000 anos para dar uma volta em torno do Sol.

Envio: 26/09/2022

Nome: Josafá Moreira

Cidade: Jaboatão Dos Guararapes

Resposta:
Transfira essa questão para a Terra: existe um tempo exato para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro? A resposta evidentemente é não, porque o tempo de viagem depende da velocidade do veículo. Com as viagens espaciais é a mesma coisa: o tempo vai depender da velocidade. Para viagens à Lua, aquelas tripuladas feitas entre 1969 e 1972 levavam em torno de 4 dias. Espera-se que as novas do projeto Artemis, que devem ocorrer nos próximos anos, também demorem 3 a 4 dias, pois viajar mais rápido implicaria em levar mais combustível, e consequentemente projetar um foguete maior, mais pesado e mais caro.
Para Marte a viagem até agora só foi feita por sondas não-tripuladas e o tempo de viagem é de 6 a 8 meses. Mas tem uma particularidade importante: essas viagens de 6-8 meses pressupõem que Marte e a Terra estejam do mesmo lado do Sol, e portanto na distância mínima um do outro. Mas este alinhamento ocorre a cada 2 anos, ou seja, uma vez feita uma viagem a Marte de 6-8 meses com uma tripulação humana, será preciso esperar cerca de um ano e meio lá até que os planetas se aproximem de novo e permitam a viagem de volta.

Envio: 19/07/2022

Nome: Henrique

Cidade: Sorocaba

Resposta:
Ao contrário do que alguns pensam, planetas gasosos como Júpiter ou Saturno não são uma bola de gás de baixa densidade, que poderia ser atravessado por uma sonda, da mesma forma que um avião atravessa uma nuvem. Eles são gasosos apenas na superfície mas no interior, à medida que a densidade vai aumentando devido à alta pressão, eles têm estrutura muito densa. Eles são compostos principalmente por hidrogênio, mas no interior do planeta o mesmo transforma-se em "hidrogênio metálico", que é tão denso quanto um sólido. E, além disso, todos os planetas gasosos do sistema solar têm núcleos rochosos. Em outras palavras, os planetas gasosos não são apenas gasosos!

Envio: 10/07/2022

Nome: Fábio

Cidade: Camaçari-Ba

Resposta:
Buracos negros têm massas comparáveis às massas das estrelas. Se algum se aproximasse do sistema solar, saberíamos muito tempo antes devido às perturbações gravitacionais que ele provocaria nas órbitas dos planetas e, muito antes disso, nos movimentos das estrelas vizinhas ao Sol. Como os movimentos destes corpos celestes todos são bem conhecidos, não há risco disso acontecer. Caso ocorresse, ele seria descoberto centenas, talvez milhares de anos antes de uma aproximação maior. Mas é claro que, se ocorresse, não existe como alterar a direção do movimento de um corpo com massa de uma estrela.

Envio: 26/04/2022

Nome: Matheus Esquerdo

Cidade: São Paulo

Resposta:
A cada segundo o núcleo do sol consome cerca de 600 milhões de toneladas de hidrogênio, transformando-as em 600 milhões de toneladas de hélio, mais a energia que o Sol emite. Só existe um mecanismo físico capaz de repor essa massa toda: a proximidade com outra estrela num sistema binário. Se duas estrelas estiverem muito próximas uma da outra, assim como a distância de Júpiter ao Sol ou menos, é possível haver troca de material entre elas, de forma que uma "realimenta" a outra. Esse processo produz reações de fusão nuclear superficiais temporárias que resultam nas "Novas", que são estrelas que aumentam muito o seu brilho por um período curto de tempo. Então, como nosso Sol não pertence a um sistema binário, não existe um suprimento de hidrogênio capaz de realimentá-lo. E se existisse, ele se transformaria numa Nova, ou seja, uma estrela variável.

Envio: 24/04/2022

Nome: Jidalha Silva Santana

Cidade: São Paulo

Resposta:
Isso ocorre pela mesma razão pela qual a nossa Lua não colide com a Terra, ou que os planetas não são atraídos para o Sol: velocidade! Os satélites dos planetas estão em órbitas estáveis em torno dos mesmos, isso quer dizer que as respectivas velocidades orbitais, combinadas com as distâncias de cada satélite ao planeta, fazem com que as órbitas sejam estáveis e os satélites não caem sobre os planetas, mas também não se afastam.

Envio: 19/04/2022

Nome: Beatrice Castro Carvalho

Cidade: São Paulo

Resposta:
Os anéis de Saturno são compostos de materiais leves como blocos de gelo e grãos de poeira. Eles giram em torno do planeta em movimentos que são descritos pelas leis de Kepler: os anéis mais internos giram mais rápido e os mais externos são mais lentos. Da mesma forma que, em torno do Sol, os planetas mais internos como Mercúrio e Vênus giram mais rápido que os externos como Urano e Netuno. No caso dos anéis de Saturno, os mais internos giram com velocidade de 23 km/s (quilômetros por segundo) e os mais externos com velocidade de 16,4 km/s. Se você procurar em repositórios públicos de vídeo (como o Youtube), vai encontrar várias filmagens dos anéis de Saturno em movimento. Vale também lembrar que todos os planetas gigantes têm anéis, os de Saturno são muito grandes e fáceis de observar, mas Júpiter, Urano e Netuno também têm sistemas de anéis concêntricos como Saturno.

Envio: 01/01/2022

Nome: Douglas

Cidade: Curitiba

Resposta:
Não só os planetas têm luas, alguns asteroides também têm corpos orbitando em torno deles. Em princípio, nada impede que a lua de algum planeta tenha satélites naturais. Nenhum até agora foi encontrado mas é possível que as grandes luas de Júpiter e Saturno tenham corpos menores orbitando em torno delas. Tais objetos, que por enquanto só existem teoricamente, são chamados subluas ou subsatélites.

Envio: 09/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A curvatura da trajetória dos raios luminosos existe sim, é uma propriedade do espaço prevista pela Relatividade Geral e já demonstrada várias vezes. Mas essa curvatura só é perceptível caso a trajetória da luz passe muito próxima de uma grande massa, como a de uma galáxia ou de um aglomerado de galáxias. Mas para o efeito ocorrer, essa proximidade deve ser muito grande, de uns poucos minutos de arco no máximo. É este efeito que provoca as "lentes gravitacionais" que são amplificadores naturais da luz de galáxias muito distantes, que estão "atrás" de outras galáxias massivas em relação à nossa linha de visada. Por outro lado, caso não existem galáxias muito próximas do caminho do feixe de luz, não existe desvio a ser notado.

Envio: 21/04/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A classificação mais usada para as galáxias é a morfológica, na qual elas são divididas em quatro tipos principais: espirais, lenticulares, elípticas e irregulares. Essa classificação também chamada de Classificação de Hubble, Além dela, existe também a classificação de luminosidade, que vale dentro do tipo morfológico das espirais. Neste esquema os tipos de galáxia são representados pelos números romanos I, II, III, IV, V, o tipo I corresponde às mais luminosas e o tipo V às mais fracas. Assim, as espirais por exemplo são classificadas em classes de luminosidade de I a V e a Via Láctea é do tipo I ou II, nossa posição imersa em seu disco impede uma classificação precisa.

Envio: 02/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Não necessariamente. As estrelas mais próximas certamente são do braço de Órion, o mesmo em que está o Sol, mas diversos objetos muito mais distantes são visíveis a olho nu e pertencem a outras estruturas da nossa galáxia. O aglomerado globular Omega Centauri por exemplo, que pode ser visto próximo ao Cruzeiro do Sul, é um objeto de fora do disco galáctico, localizado no halo da Via Láctea. O bojo galáctico é outro bom exemplo: é uma estrutura muito grande que, visto a olho nu, tem a forma dum disco difuso na direção das constelações de Sagitário e Capricórnio. Ele na verdade é um esferoide situado no centro de nossa galáxia, a mais de 20.000 anos-luz do Sol, muito distante do braço de Órion.

Envio: 01/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Em princípio a grande maioria das galáxias se formaria como tipo disco, pois o momentum angular da protogaláxia, ou seja, a rotação de seu material, leva à formação de um disco achatado e uma galáxia espiral se forma. Porém, se as nuvens primordiais que irão constituir a galáxia tiverem momentum angular muito pequeno, protodiscos em formação se chocam em diversos sentidos diferentes até se fundir num único objeto. Assim, a não ser no caso improvável de todos estes protodiscos serem coplanares, as colisões que ocorrem em diversas direções resultam na formação de um objeto esferoidal sem disco rotante, ou seja, uma galáxia elíptica. Vale notar que os modelos de formação de galáxias são muito complexos e dependem de múltiplos fatores, este é um tema de pesquisa ainda em aberto.

Envio: 02/02/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
O papel dos buracos negros supermassivos na evolução inicial das galáxias ainda é tema de discussão. Pesquisas recentes indicam que buracos negros supermassivos "ativos", ou seja, em galáxias tipo Seyfert ou em quasares, contribuem para ejetar gás de suas galáxias hospedeiras, desta forma diminuindo ou mesmo parando a formação estelar nas mesmas já que é deste gás que as estrelas se formam, porém este ainda é um tema em aberto. Os buracos negros supermassivos não-ativos, por outro lado, não contribuem para a formação estelar, mas também não a impedem. De modo geral, nas galáxias elípticas não existe formação estelar porque falta nas mesmas a matéria-prima de onde as estrelas se formam. Elas se formam a partir de nuvens moleculares de gás e poeira e as mesmas não existem nas galáxias elípticas, ou então existem em pouquíssimas quantidades. A discussão está em entender-se como os buracos negros contribuem para o aumento ou diminuição deste reservatório de material.

Envio: 14/01/2023

Nome: Jarbas Oliveira Nobrega

Cidade: Pindamonhangaba

Resposta:
A descoberta da forma da Via Láctea e a posição do Sol dentro dela foram descobertas feitas lentamente, ao longo de muito tempo. O primeiro trabalho sobre a forma da nossa galáxia foi feito por William Herschel no início do século 19, foi ele que descobriu que a distribuição das estrelas no céu não é esférica e sim achatada. Mas apenas no século 20 as dimensões precisas da nossa galáxia foram determinadas. Não existe um nome específico para esta descoberta, ela foi feita através do trabalho conjunto de muitos astrônomos. Foi o uso da radioastronomia, a partir da metade do século 20, que permitiu mapear com boa precisão a posição e a distância dos braços espirais de nossa galáxia e a posição do Sol em relação ao centro e aos braços da mesma.

Envio: 26/09/2022

Nome: Luca Almeida

Cidade: Bady Bassitt

Resposta:
O que essas galáxias têm de diferente das galáxias comuns é que contam com pouquíssimo gás entre as estrelas e é este gás que é o responsável pela formação de novas estrelas. Sendo assim, as chamadas "galáxias ultra-difusas" praticamente não formam estrelas, as que estão lá são estrelas de baixa massa, e portanto pouco luminosas, formadas há muito tempo. Por esta razão elas têm luminosidade superficial (o brilho por unidade de área do céu) muito baixa.

Envio: 15/10/2021

Nome: Clau Stucki

Cidade: Rib.preto

Resposta:
Estrelas que orbitam outras estrelas são os sistemas duplos ou múltiplos. Nossa estrela, o Sol, é uma estrela isolada, ele não pertence a um sistema duplo ou múltiplo. Assim como todas as demais estrelas de nossa galáxia, a Via Láctea, o Sol descreve órbitas em torno do centro da galáxia, dando uma volta a cada 230-240 milhões de anos aproximadamente. Quanto à nossa galáxia, ela pertence a um aglomerado de aproximadamente 50 galáxias, chamado por razões óbvias de Grupo Local, e este aglomerado por sua vez pertence a um superaglomerado, ou seja, um grupo de aglomerados de galáxias, que é chamado Superaglomerado Local. O mesmo abrange cerca de 100 aglomerados e tem cerca de 47.000 galáxias no total.

Envio: 27/07/2021

Nome: Erik José De Santana

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
Nada no universo é estático. Nossa galáxia pertence a um aglomerado de galáxias chamado Grupo Local, que tem cerca de 30 galáxias. Este grupo como um todo se move em relação ao aglomerado galáxias de Virgo, que tem cerca de 1300 galáxias. E esses grupos todos pertencem ao Superaglomerado Local, que tem cerca de 100 aglomerados. E nem mesmo nosso superaglomerado é estático, ele se move em relação aos outros superaglomerados do universo.

Envio: 13/07/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Não são todos os tipos de nebulosas que formam estrelas. Isso NÃO ocorre, por exemplo, nas nebulosas planetárias, que são ejetadas por estrelas no final de sua evolução, nem nas nebulosas resultantes das explosões de supernovas, como é o caso da Nebulosa do Caranguejo. Nas nebulosas das quais se formam estrelas como a Nebulosa de Órion, o processo de formação estelar inicia com algum tipo de perturbação da nuvem que provoque algum processo de compressão. Essas perturbações podem ser de várias naturezas, tais como uma onda de choque provocada por uma explosão de nova ou supernova ou a passagem de uma estrela nas vizinhanças da nuvem que provoque algum arrasto gravitacional. Uma vez que um processo de compressão assim começa, ele não se detém mais e a gravidade continua o serviço: um segmento da nuvem começa a colapsar e uma protoestrela irá se formar.

Envio: 03/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Buracos negros supermassivos existem apenas no centro das galáxias de tamanho médio ou grande. No centro de nossa galáxia, a Via Láctea, tem um com massa equivalente a 3,3 milhões de vezes a do Sol. O mecanismo de formação destes objetos ainda não é bem conhecido. Em linhas gerais, sabe-se que eles devem se formar logo no início da formação das galáxias, por um processo de colisão de buracos negros menores. Estes por sua vez são originados pela rápida evolução das estrelas de massa muito alta que se formam logo no início da existência das galáxias. Tais estrelas têm altíssima massa e tempo de existência muito curto, da ordem do milhão de anos ou menos, resultando em buracos negros. Estima-se que alguns milhares de buracos negros dessa natureza sejam a "semente" dos buracos negros supermassivos, mas essa ainda é apenas uma hipótese. São necessários mais resultados e mais modelos para chegar-se a uma conclusão definitiva sobre estes objetos, que podem ter massa de mais de um bilhão de vezes a do Sol.

Envio: 03/03/2021

Nome: Daniela

Cidade: Erechim

Resposta:
Sim, Andrômeda está se aproximando da Via Láctea. As duas galáxias deverão se encontrar em aproximadamente 4 bilhões de anos. Mas isso não quer dizer que as estrelas das duas galáxias irão colidir umas com as outras, as duas estruturas irão se acomodar em termos gravitacionais e uma nova galáxia, combinação das duas anteriores, será o resultado final. O processo é análogo a dois bandos de aves que se encontram no céu: as aves não colidem umas com as outras e os dois bandos se unem, formando um só. Este processo de fusão de duas galáxias é muito lento, ele deve se iniciar em cerca de 4 bilhões de anos, mas leva vários bilhões para haver a acomodação final. A Terra não existirá até lá, pois em 4 bilhões de anos o Sol já estará se transformando em uma estrela de tipo gigante e nosso planeta terá desaparecido. Um observador na Via Láctea veria a outra galáxia como uma estrutura grande e brilhante no céu. Quando a galáxia estivesse próxima, seria possível ver a estrutura dos braços espirais em detalhe.

Envio: 12/02/2021

Nome: Pedro

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
É equivocado achar que buracos negros são "ralos universais" que engolem tudo. Se fosse assim, o universo não existiria mais. Existem muitos buracos negros na Via Láctea que são resultantes da evolução das estrelas de grande massa, eles têm tipicamente 3 a 10 vezes a massa do Sol e portanto têm pouca influência gravitacional, a não ser em sua vizinhança muito próxima e não têm nenhuma influência na existência de nossa galáxia. Além destes, existe um grande buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia, com 3,3 milhões de vezes a massa do Sol. Apesar do número parecer impressionante, essa massa é insignificante em relação à massa total da Via Láctea, que é de aproximadamente um trilhão de vezes a massa do Sol, e o buraco negro central também não tem influência na existência da galáxia.

Envio: 05/02/2021

Nome: Auriane Miranda

Cidade: Trairi-Ce

Resposta:
Não, não são todas. Ainda não existe uma estatística clara que informe qual a fração das galáxias que têm tais objetos. Sabe-se que eles são comuns nas galáxias espirais de tamanho normal como a nossa, a Via Láctea, e também nas galáxias gigantes. Eles existem em todas as chamadas "galáxias de núcleo ativo", pois o que se chama de núcleo ativo é exatamente a emissão de radiação de alta energia gerada no entorno dos buracos negros supermassivos. Por outro lado, galáxias pequenas como as Nuvens de Magalhães, que são duas galáxias-satélite da nossa, não têm tais objetos. Aparentemente, entre as galáxias anãs, que são uma fração grande do número total de galáxias, não existem BN supermassivos ou eles são muito raros. Deve-se notar também que os BN supermassivos são de natureza totalmente diferente dos BN estelares, resultantes da evolução das estrelas de grande massa. Os supermassivos são resultantes da formação das galáxias, e portanto são tão antigos quanto elas.

Envio: 07/01/2021

Nome: Donizetti Eliel

Cidade: Campinas

Resposta:
A galáxia anã do Cão Maior é uma pequena galáxia esferoidal que está em processo de ser capturada pela Via Láctea. Ela está de fato bem próxima da nossa, a cerca de 25.000 anos-luz do Sol e a 42.000 anos-luz do centro da Via Láctea, mas está acima do plano do disco e não imerso nele. Esse objeto é tão pequeno que existem discussões na literatura questionando a natureza da mesma, existem alguns astrônomos que acreditam que não se trata de outra galáxia mas sim de uma região de sobredensidade de nossa própria galáxia.

Envio: 15/05/2023

Nome: João Miguel Bido De Almeida

Cidade: São Paulo

Resposta:
Títulos como "a maior", "a menor", etc. são sempre temporários. Eles só valem até que outro objeto mais extremo seja encontrado. Por enquanto a maior estrela conhecida chama-se Stephenson-2, que tem cerca de 2200 vezes o diâmetro do Sol, mas esse valor, como ocorre sempre nas medidas astronômicas, tem uma margem de incerteza, Se ela estivesse onde está o Sol, encheria todo o sistema solar até a órbita de Saturno aproximadamente.

Envio: 15/05/2023

Nome: Martim E Arthur

Cidade: São Paulo

Resposta:
Por enquanto este título pertence ao planeta KELT-9b, que tem temperatura estimada em 4300 C, mais quente do que muitas estrelas. Ele tem essa temperatura porque está muito próximo de sua estrela. Mas títulos como "o maior", "o menor", etc são sempre temporários, só valem até que outro objeto mais extremo seja encontrado.

Envio: 12/05/2023

Nome: Alcides Dutra

Cidade: São Paulo

Resposta:
Vamos tomar o sistema duplo de Alfa Centauri por exemplo, que são as estrelas mais próximas do Sol. Elas estão separadas por 23 Unidades Astronômicas, o que equivale mais ou menos à distância de Urano ao Sol. Se imaginarmos planetas pequenos e próximos das respectivas estrelas, assim como Mercúrio está do Sol ou menos, é bem razoável que um planeta orbite apenas uma das estrelas do par. Já se for um planeta de órbita muito distante, tal como Plutão ou os demais planetas anões do sistema solar, eles orbitariam o centro de massa do sistema. Em outras palavras, tudo vai depender das distâncias dos planetas. E como a estatística sobre planetas extrassolares ainda é muito limitada, não é possível estabelecer leis gerais sobre eles.

Envio: 10/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A gravidade é uma propriedade intrínseca a todos os corpos, não importa a sua massa. Claro que corpos como os planetas ou as estrelas, por terem muito mais massa que um prédio ou uma pessoa, têm atração gravitacional muito maior, porém todo o corpo que tem massa, exerce força gravitacional sobre sua vizinhança. Buracos negros são corpos cuja força gravitacional é tão grande que nem mesmo a luz escapa deles, são "poços sem fundo" em termos gravitacionais. Essa é a essência do conceito de buraco negro. Em seu centro está uma massa que é finita e determinável usando as leis físicas, mas cujo volume tende a zero, e portanto cuja densidade tende ao infinito. Este ponto é chamado se singularidade.

Envio: 25/04/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Trata-se apenas de um viés observacional. Estrelas anãs vermelhas são tipicamente muito fracas, o que torna muito mais difícil a busca de exoplanetas em torno das mesmas. O número de exoplanetas atualmente reconhecido está em torno de 5300, o que é muito pouco em relação ao número de estrelas da nossa galáxia, estimado entre 200 e 400 bilhões. Os dados do satélite Kepler, que operou entre 2009 e 2018, indicam que a maioria, ou talvez todas, as estrelas devem ter planetas, portanto é impossível por enquanto tentar tirar conclusões estatísticas gerais sobre exoplanetas a partir da amostra atualmente disponível.

Envio: 11/04/2023

Nome: Marco Antônio Do Nascimento

Cidade: Motuca-Sp

Resposta:
Em outras palavras, sua questão é se, com tecnologia análoga ao que atualmente existe na Terra, seria possível detectar não apenas a existência de biomarcadores, mas marcadores da existência de uma civilização tecnológica em nosso planeta. Em primeiro lugar, seria muito difícil distinguir um planeta como a Terra num sistema estelar próximo, pois com os métodos de detecção de planetas atualmente existentes é muito difícil detectar planetas rochosos pequenos. Se isso fosse possível, os biomarcadores mais evidentes na atmosfera de nosso planeta seriam moléculas como o ozônio (indicador da existência de fotossíntese) e o metano, que é um biomarcador para a existência de atividade biológica. Ambas seriam possíveis de serem detectadas com a tecnologia atual. Quanto a marcadores para inteligência, isso não existe. O que existem são hipóteses para marcadores que indiquem a existência de tecnologia, as chamadas tecnoassinaturas, que poderiam ser projetos de engenharia suficientemente grandes para serem distinguidos a partir de outra estrela, sinais de origem planetária tais como radiação eletromagnética de origem artificial (como sinais de rádio), ou então veículos com origem em outro sistema planetário. No caso da Terra, apenas emissões eletromagnéticas (de baixíssima potência) poderiam, talvez, ser detectadas de um planeta em torno de outra estrela. Tudo isso, é claro, por enquanto pertence exclusivamente ao campo das especulações.

Envio: 29/03/2023

Nome: Heber Leandro Nunes

Cidade: Recife

Resposta:
Não existe um limite superior bem estabelecido para a formação de estrelas, porque as de massa ultra-alta, acima de 100 Msol (massas solares), são muito raras e ainda pouco conhecidas. A partir dos objetos extremos estudados, como a estrela R136a1 na Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães, sabe-se que as massas estelares podem chegar próximas a 300 Msol, mas não é impossível que cheguem a 500 Msol. Existe ainda muito debate entre os especialistas em formação estelar para estabelecer tal limite, isso se existir um limite único. Além da massa de uma protoestrela, existem outros fatores como momentum angular, campo magnético e composição química da nuvem protoestelar que também irão influir no limite superior das massa das estrelas eventualmente formadas desta nuvem. Não é possível que uma nuvem protoestelar colapse diretamente num buraco negro, pois em nuvens muito massivas o aquecimento e compressão das regiões mais densas leva à fragmentação da mesma em diversas estrelas e formação de um sistema múltiplo ou então de um aglomerado estelar. A formação de um buraco negro requer o colapso gravitacional de uma estrela de nêutrons, um processo totalmente distinto daquele que leva à formação de uma estrela ou conjunto de estrelas.

Envio: 01/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Os buracos negros estelares formam-se a partir do colapso gravitacional dos núcleos das estrelas de grande massa. Apesar de ser possível calcular a massa de buracos negros com razoável precisão a partir de argumentos dinâmicos, o interior dos mesmos ainda é muito pouco conhecido. Sabe-se que a massa está concentrada no seu centro, conhecido como "singularidade". O que vem a ser na prática uma singularidade? É uma concentração de massa finita, mas com volume tendendo a zero, ou seja, com a densidade tendendo ao infinito. Estima-se que a descrição precisa das singularidades gravitacionais requeira uma teoria quântica da gravitação, porém ainda não existe uma teoria que possa fazer tais predições.

Envio: 18/02/2023

Nome: Walburga

Cidade: Tomé-Açú

Resposta:
Anãs brancas marcam o final do ciclo evolutivo das estrelas de massa baixa ou intermediária (até 8 vezes a massa do Sol). De fato, elas não têm mais fusão nuclear e a energia emitida é residual, ou seja, é o que foi produzido previamente e agora é lentamente perdido para o meio interestelar. Elas são inicialmente muito quentes, com temperaturas da ordem dos 100.000 graus, e são também extremamente densas, com densidades da ordem de um milhão de toneladas por metro cúbico. Como a perda de energia para o meio interestelar ocorre apenas pela superfície, leva muito tempo até toda a energia térmica ser perdida. Os modelos de evolução indicam que mesmo anãs brancas formadas pouco tempo depois da formação do universo ainda não devem ter perdido toda a sua energia interna.

Envio: 17/02/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Nessas condições talvez fosse mais correto chamar o sistema de planeta duplo e não um sistema planeta+lua. O sistema Plutão+Caronte é similar, já que Caronte tem cerca de 12% da massa de Plutão, uma fração muito maior do que a nossa Lua, que tem apenas 1,2% da massa da Terra. Não existem regras gerais para definir as condições em que as luas podem se formar ou ser capturadas em órbitas estáveis em torno de planetas durante a formação de um sistema planetário, já que tudo isso depende das condições físicas (tais como massa, densidade e velocidade de rotação) do disco protoplanetário. Como o estudo das exoluas tem ainda muito poucos dados disponíveis, os resultados são muito incertos. O link a seguir reporta a descoberta de uma lua gigante ao redor de um planeta com massa comparável a Júpiter: https://news.am/eng/news/682255.html . Existem também estudos que sugerem a existência de luas gigantes gasosas (como o próprio Netuno) orbitando planetas muito massivos, do tipo Superjúpiter. Veja este artigo por exemplo: https://www.aanda.org/articles/aa/full_html/2018/02/aa31760-17/aa31760-17.html

Envio: 08/02/2023

Nome: Fernando Amaral

Cidade: São Paulo

Resposta:
Dentro do contexto da astrofísica, esse termos em geral se referem às massas de objetos como estrelas ou buracos negros, mas às vezes eles também são usados para definir as massas de algumas galáxias. Eles podem ser entendidos de forma bem literal: "massivo" significa "que tem muita massa". Estrelas massivas são aquelas que têm no mínimo 8 vezes a massa do Sol. No contexto dos buracos negros, usa-se o termo "supermassivos" para designar os buracos negros centrais das galáxias, que podem ter milhões ou bilhões de vezes a massa do Sol. Com essa expressão eles são distinguidos dos chamados buracos negros estelares, resultantes da evolução das estrelas de alta massa e que têm massas da ordem de algumas vezes (tipicamente 3 a 10) a do Sol. Finalmente, galáxias massivas são aquelas que têm mais massa do que a nossa, a Via Láctea e supermassivas são as que têm centenas ou milhares de vezes a massa da nossa.

Envio: 23/01/2023

Nome: Antônio David

Cidade: São Paulo

Resposta:
Para todos os efeitos, buracos negros são sim objetos físicos. A massa dos mesmos existe e é possível de ser medida usando argumentos gravitacionais. Outras propriedades como o momentum angular também podem ser inferidas a partir dos movimentos dos objetos do entorno. A descrição precisa da singularidade em si continua a ser um desafio teórico já que requer simultaneamente uma descrição relativística e quântica, e estas teorias fundamentais da natureza não são compatíveis em muitos casos. Em princípio, na singularidade a massa é finita mas o volume tende a zero, o que portanto faz com que a densidade, entendida como Massa/Volume, tenda ao infinito. Uma descrição exata das singularidades continua a ser um problema teórico em aberto.

Envio: 14/01/2023

Nome: Jarbas Oliveira Nobrega

Cidade: Pindamonhangaba

Resposta:
Você está equivocado. Todos os sistemas planetários extrassolares (ou seja, os exoplanetas) descobertos até hoje estão na Via Láctea! Ainda não existe tecnologia capaz de descobrir planetas em outras galáxias.

Envio: 29/12/2022

Nome: Walburga

Cidade: Tomé-Açú

Resposta:
Existem muitas diferenças entre as estrelas. As principais são as variações em termos da temperatura efetiva (ou seja, aquela de sua superfície) que tipicamente variam entre 2500 e 50.000 graus, e das suas massas que, em termos da massa do Sol, variam entre 0,1 e 100 vezes. Também existem variações importantes das abundâncias químicas de distintos elementos, das velocidades de rotação, da intensidade dos campos magnéticos e diversos outros parâmetros.

Envio: 14/12/2022

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Um buraco negro é composto de duas partes principais. A primeira é o Horizonte dos Eventos, uma superfície aproximadamente esférica (ela pode ser achatada no sentido do eixo de rotação) em torno do centro que marca a fronteira além da qual, se um objeto ou mesmo a luz, entrar, não sairá mais devido à intensidade do campo gravitacional. E no centro está a Singularidade, que é definida como um ponto infinitamente pequeno e infinitamente denso. A massa típica dos buracos negros estelares (aqueles resultantes do final do ciclo evolutivo das estrelas de grande massa) é da ordem de algumas vezes a massa do Sol. Mas, além desta explicação simples, a descrição exata dos processos físicos que ocorrem no interior de um buraco negro é extremamente complexa e ainda incerta, já que nas vizinhanças da singularidade os efeitos quânticos devem se combinar com os efeitos gravitacionais muito intensos e ainda não existe uma teoria quântica da gravitação para explicar todos esses problemas.

Envio: 11/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Esta taxa de expansão é medida pelo valor da constante de Hubble, que hoje se sabe ser de aproximadamente 70 km/s.Mpc. O inverso da constante de Hubble é uma medida do tempo transcorrido desde o Big Bang, portanto ele deve sim mudar com o tempo, mas não é possível fazer uma avaliação da variação da mesma porque as boas medidas só foram obtidas nos últimos 30 anos. As medidas iniciais, feitas por E. Hubble e M. Humason, indicavam um valor muito maior, da ordem de 500 km/s.Mpc. Mesmo atualmente existem incertezas no valor verdadeiro, portanto não é possível estimar uma evolução temporal do mesmo para comparar com as predições teóricas.

Envio: 10/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
De acordo com os modelos da cosmologia, o período inflacionário ocorreu bem no início do processo de formação do universo, conhecido como "Big Bang". Para expressar o tempo é preciso relembrar previamente a notação exponencial: para "um milésimo" usamos 10E-3, para "um milionésimo" usamos 10E-6 e assim sucessivamente. Nesta notação, o período inflacionário ocorreu entre 10E-33 e 10E-32 segundos após o Big Bang.

Envio: 04/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Exatamente! "Ver" significa receber fótons originados naquela fase, e antes dos 380.000 anos não haviam fótons se deslocando. Foi só quando a densidade do universo primitivo caiu o suficiente para que os fótons pudessem se deslocar é que passou a haver esta possibilidade. A radiação cósmica de fundo, que tem frequência de 160,2 GHz e está na faixa das microondas, são fótons que se originaram no chamado "desacoplamento", 380.000 anos após o Big Bang. Não é possível receber informação na forma de fótons de eventos ocorridos antes disso.

Envio: 27/03/2023

Nome: Laura Gonçalves Maciel

Cidade: Olímpia/Sp

Resposta:
Existem duas maneiras principais de se estimar a idade do universo: a primeira e mais importante delas é através taxa de expansão do mesmo. Sabe-se desde 1924-25 que o universo está em expansão, existe já quase um século de medidas desta expansão e sua taxa, conhecida como Constante de Hubble, é agora bem conhecida. A partir dos resultados, é possível fazer as contas do tempo no sentido reverso e calcular quando a expansão começou. Outra técnica que também pode ser utilizada é medir-se as idades das estrelas mais velhas encontradas. Em nossa galáxia essas estrelas encontram-se no chamado halo galáctico, fora do disco galáctico onde está o Sol. Os resultados obtidos pelas duas técnicas concordam que a idade do universo é de aproximadamente 13,8 bilhões de anos.

Envio: 01/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Chama-se "universo observável" a fração do universo cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. A estimativa de seu raio é complexa porque envolve considerações da relatividade geral e da expansão do espaço-tempo. O universo observável está centrado em nós que estamos fazendo as observações, claro, e seu raio estimado é de 46 bilhões de anos-luz.

Envio: 23/02/2023

Nome: Paulo Cezar Souto Pio

Cidade: Timóteo

Resposta:
Falar em universo "aberto" ou "fechado" (ou "plano") está relacionado com a geometria necessária para descrevê-lo em larga escala. Não se trata de encontrar uma fronteira para o universo, isso não existe. Universo fechado significa um universo de curvatura positiva (como uma esfera), aberto significa curvatura negativa (como uma sela de montaria) e plano significa a ausência de curvatura em larga escala. Esta geometria, com prevê a relatividade geral, depende da densidade do universo, pois a mesma é responsável pela curvatura do espaço-tempo: acima de um certo limite de densidade a curvatura é positiva, abaixo é negativa e a ausência de curvatura é o limite entre as anteriores. Ainda existe muita discussão sobre esse tema, porém os estudos mais recentes indicam que a geometria aberta é a correta. Estes estudos foram elaborados depois da descoberta da aceleração da expansão do universo há cerca de 20 anos, com a consequente introdução do conceito de "energia escura" para explicar essa aceleração. Com ela, tudo indica que a geometria é aberta, mas esse problema ainda está longe da resposta definitiva.

Envio: 18/01/2023

Nome: Celso Vasconcelos Lucena

Cidade: Imperatriz-Ma

Resposta:
O termo "tecido" neste contexto é uma analogia. Tecnicamente trata-se da estrutura do espaço-tempo, que pode ser descrita como um tecido elástico. E o que vem a ser espaço-tempo? Esta é uma expressão formulada dentro da teoria da relatividade geral de Einstein e descreve o espaço em 4 dimensões: as três normais do espaço tridimensional (conhecido em geometria como espaço euclidiano), mais o tempo. Na gravitação clássica de Newton, o tempo é invariante e completamente desvinculado do espaço, mas na relatividade o tempo é uma das dimensões do espaço, que por isso passa a ser chamado "espaço-tempo".

É muito útil para a visualização dos fenômenos gravitacionais se o espaço-tempo for descrito como um tecido elástico. Assim pode-se entender com mais facilidade, por exemplo, as curvaturas causadas pela presença de massas distintas ou as ondulações que se propagam, geradas pelas ondas gravitacionais. De acordo com a relatividade geral, não é possível romper tal "tecido", até porque não se trata de um tecido real. O que é possível é deformá-lo de modo extremo, como em um buraco negro por exemplo.

Envio: 06/01/2023

Nome: Vera

Cidade: Mogi Das Cruzes -Sp

Resposta:
Não se conhece a verdadeira natureza da matéria escura, então é difícil dar uma resposta definitiva para sua questão, mas em princípio sim! A matéria escura dever estar em todo o universo, porém como sua densidade é baixíssima, sua presença não deve alterar em nada o que conhecemos sobre a composição e a densidade de nosso planeta. A massa contida na forma de matéria escura só se torna significativa quando grandes volumes de espaço são considerados, como nos halos de matéria escura em torno das galáxias, cuja existência é deduzida por seus efeitos gravitacionais sobre a matéria visível.

Envio: 07/12/2022

Nome: João Pedro Galvão Bargo

Cidade: Taubaté

Resposta:
O Big Bang não ocorreu num ponto específico de um espaço vazio que existia previamente, mas sim foi a origem simultânea do espaço, da matéria e da energia. Nos instantes iniciais do universo houve uma fase que os cosmólogos chamam de "período inflacionário", no qual o volume do mesmo cresceu exponencialmente num intervalo de tempo extremamente pequeno, impedindo assim que houvesse um colapso gravitacional nos instantes iniciais.

Envio: 22/09/2022

Nome: Walteir Freire

Cidade: Saquarema/Rj

Resposta:
Sim, o universo originou-se no que se chama normalmente de Big Bang: há cerca de 13,8 bilhões de anos toda a matéria, toda a energia e também o próprio espaço surgiram e iniciou-se uma expansão do mesmo que continua até hoje. Mas note que, tecnicamente, o que se chama de "Big Bang" não é a explicação para a origem do universo propriamente dita, mas sim para sua evolução a partir de uma origem. O "gatilho" para o evento que deu origem ao universo não é conhecido. O que causou o Big Bang? Este é um tema em aberto, existem hipóteses propostas pelos especialistas na área, mas nenhuma certeza até agora.

Envio: 05/09/2022

Nome: Carlos M. F. Neto

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
"Universo observável" é, por definição, a fração do universo total cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. E como estamos observando daqui da Terra, evidentemente ele tem forma esférica, centrado em nós. Assim sendo, não faz sentido imaginar que estamos fora do centro pois nós definimos o mesmo centrado aqui. Note que a forma do universo observável não depende de descobertas novas, elas apenas podem estender as fronteiras do mesmo, mas como observamos sempre da Terra, por definição ele continua centrado em nós.

Envio: 29/08/2022

Nome: Antonio Marcos Fantini

Cidade: São Paulo

Resposta:
Existe um equívoco em sua visão do que foi a origem do universo, ou seja, o Big Bang. Este evento NÃO OCORREU em um ponto específico de um espaço vazio que já existia antes. Nada existia antes, nem mesmo o espaço! O Big Bang marca o início do tempo e do próprio espaço. Em outras palavras, o volume do universo era muito pequeno em sua origem e, a partir desde este evento ocorrido há 13,8 bilhões de anos, está se expandindo constantemente. Assim sendo, não tem sentido imaginar que o BB ocorreu em um lugar específico. Existe uma evidência bem simples e clara da validade desta teoria: é a existência da chamada "radiação cósmica de fundo" que enche todo o universo, está em todas as direções, é altamente homogênea e consiste num "resíduo" da radiação que surgiu no início do universo e que não foi convertida em matéria nos instantes iniciais do BB.

Envio: 09/08/2022

Nome: Cristiano Pelisser

Cidade: Maquiné

Resposta:
Sabe-se desde os trabalhos de Edwin Hubble em torno de 1924-25 que o universo está em expansão. E há cerca de 20 anos foi descoberto que a expansão está acelerando. A energia responsável por tal aceleração recebeu o nome de "energia escura" e sua verdadeira natureza ainda é desconhecida. Em função desse efeito, tudo leva a crer que a expansão continuará indefinidamente. Mas note que isso NÃO significa que as galáxias se expandam, apenas a distância entre elas que aumenta. Assim sendo, enquanto existir material no meio interestelar para formar novas estrelas (com seus respectivos sistemas planetários), este processo continuará a ocorrer. A formação de galáxias, por outro lado, ocorreu apenas no universo primitivo, não são formadas mais galáxias atualmente.

Envio: 14/07/2022

Nome: Sergio Martin

Cidade: Ourinhos-Sp

Resposta:
Calcular distâncias cosmológicas, ou seja, aquelas em muito larga escala, envolve conceitos complexos relacionados com a expansão do universo e com a teoria da relatividade geral. Uma galáxia como aquela observada pelo telescópio James Webb, cuja luz saiu de lá há 13,1 bilhões de anos, NÃO ESTÁ a 13,1 bilhões de anos-luz! sua distância é muito maior do que isso porque o universo está em expansão constante e, desde que a luz foi emitida, ele já se expandiu muito. Para determinar a distância atual da mesma, é preciso invocar o conceito de "distância comóvel", um termo da cosmologia que se refere à distância atual de um objeto muito remoto. A distância comóvel de uma galáxia cuja luz foi emitida há 13,1 bilhões de anos é de aproximadamente 28,7 bilhões de anos-luz.

Envio: 13/07/2022

Nome: Jô Miyagui

Cidade: São Paulo

Resposta:
O aglomerado SMACS0723 está de fato sendo visto nesta imagem como era há 4,6 bilhões de anos. Note que isso NÃO quer dizer que ele está a 4,6 bilhões de anos-luz porque o universo está se expandindo e, desde o momento em que a luz foi emitida, o universo se expandiu um pouco mais. Ele está na verdade a 4,94 bilhões de anos-luz. Essa informação não está na legenda da figura porque o conceito de "distância comóvel", que está implícito na diferença acima, é de difícil compreensão. E quanto aos 13,1 bilhões de anos? Essa informação se refere à luz de UMA galáxia que aparece na imagem, mas que não pertence ao aglomerado e sim está muito atrás dele. Essa galáxia está sim sendo vista como era há 13,1 bilhões de anos.

Envio: 19/05/2023

Nome: Anna Laura

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Órbita é a trajetória que um corpo faz no espaço em torno de outro corpo. Por exemplo: existe a órbita da Terra em torno do Sol, que dura um ano, a órbita da Lua em torno da Terra, ou as órbitas dos satélites artificiais em torno da Terra.

Envio: 11/05/2023

Nome: Artur

Cidade: Feira De Santana

Resposta:
Seu telescópio não tem nenhum defeito. A ampliação de um telescópio pode ser calculada pela razão entre a distância focal da objetiva pela distância focal da ocular. Se o seu telescópio tem distância focal de 700 mm e você usou, por exemplo, uma ocular com distância focal de 35 mm, a ampliação foi de 700/35 = 20 vezes. Caso tenha usado uma ocular de 20 mm, a ampliação foi de 700/20 = 35 vezes. Oculares com distância focal menor produzem mais ampliação, porém as imagens ficam mais escuras e é mais difícil fazer foco. Com um telescópio de 76 mm de abertura (diâmetro) não é possível obter grande ampliação, portanto não será possível mesmo ver muitos detalhes. Para isso, você teria que ter um telescópio de abertura maior. Lembre sempre que observações astronômicas ficam sempre melhores em lugares sem iluminação artificial e em noites sem lua.

Envio: 19/04/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Normalmente a representação dos astros é feita numa esfera imaginária, chamada "esfera celeste" que evidentemente tem a Terra no centro e deve ser visualizada a partir deste centro.. As estrelas da bandeira do Brasil deveriam representar o céu sobre a cidade do Rio de Janeiro no dia 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República mas, de fato, estão invertidas em relação ao que se vê no céu. Isto acontece porque, quando a bandeira foi desenhada em 1889, a esfera celeste foi nela representada como se estivesse sendo vista DE FORA! Não temos a informação sobre a razão desta opção, talvez tenha sido um equívoco, talvez não.

Envio: 12/02/2023

Nome: Léo

Cidade: São Paulo

Resposta:
O eixo da Terra gira com um período de 25.772 anos, este é um dos movimentos naturais de nosso planeta e provoca a chamada "precessão dos equinócios". Em função deste movimento, ao longo da precessão o Sol estará na direção de diferentes constelações do zodíaco no equinócio de março e a cada constelação corresponde uma era. Em termos astronômicos, uma era corresponde ao intervalo de tempo em que o Sol está na direção de uma dada constelação no equinócio de março, que corresponde ao início da primavera do hemisfério norte e ao início do outono no hemisfério sul. Mas como as fronteiras das constelações são arbitrárias e essas tradições antigas são envoltas em regras que não são necessariamente astronômicas e sim ligadas a antigas tradições da astrologia, diferentes fontes indicam diferentes épocas para que o Sol, que atualmente está em Peixes no equinócio de março, passe para Aquário.

Envio: 08/01/2023

Nome: Marcelo Pereira Faustino

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
As Três Marias são vistas durante a noite inteira no verão. Na primavera elas são vistas na direção leste no final da noite e no outono elas são vistas na direção oeste no início da noite. Isso ocorre porque, sim, elas estão numa determinada direção em relação à órbita da Terra em torno do Sol. No inverno, com a Terra no outro extremo de sua órbita, a constelação de Órion fica na direção do Sol e não pode ser vista à noite.

Envio: 27/12/2022

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
De fato, telescópios espaciais são muito mais caros e têm muito mais riscos que os terrestres, porém são insubstituíveis para a astronomia porque estão acima da atmosfera! Nossa atmosfera corta boa parte da radiação eletromagnética, ou seja, da luz que chega até nós. Ela corta quase que totalmente a radiação ultravioleta, os raios X, os raios gama, e também quase todo o infravermelho e as ondas de rádio em muitas faixas de comprimentos de onda. O telescópio James Webb por exemplo opera exclusivamente no infravermelho e seria impossível operar um telescópio análogo do solo.

Envio: 08/12/2022

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso/Ba

Resposta:
Não se pode confundir o diâmetro aparente, relacionado com a distância à Terra, com o diâmetro real dos corpos celestes. Os diâmetros reais dos planetas foram calculados após suas distâncias serem determinadas, o que foi feito pela primeira vez por Copérnico no início do século 16. Mais tarde, no século 17, Kepler determinou as distâncias planetárias de forma muito mais precisa. Uma vez sabidas as distâncias, os diâmetros reais podem ser facilmente calculados a partir das distâncias e dos diâmetros aparentes.

Envio: 07/12/2022

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso/Ba

Resposta:
Sim, a partir da luz de uma estrela é possível obter, usando a técnica da espectroscopia, muitas informações sobre a mesma, tais como temperatura efetiva, luminosidade e composição química da fotosfera. Para tanto, a interferência do meio interestelar na luz das estrelas precisa ser considerada sim! Esta é uma regra básica da astronomia observacional. E não apenas ela, a interferência da atmosfera da Terra, que a luz dos corpos celestes atravessa antes de chegar no telescópio, também precisa ser considerada e corrigida.

Envio: 07/12/2022

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso/Ba

Resposta:
É simples. A explicação está na própria palavra "planeta", que vem do grego "planḗtēs", que significa "errante, o que caminha". Os planetas se movem em relação às estrelas fixas, portanto é muito simples distinguir um planeta de uma estrela. Antigamente era mais difícil distinguir planetas de asteroides, que também se movem em relação às estrelas, tanto é que Ceres, o primeiro asteroide a ser descoberto, inicialmente foi definido como um planeta. Atualmente os instrumentos modernos de medida permitem estabelecer a natureza dos corpos do sistema solar com segurança. Os cometas são bem distintos dos asteroides porque perdem matéria (que forma a cauda) ao se aproximar do Sol.

Envio: 24/10/2022

Nome: Thiago Rodrigues De Lima

Cidade: Itu

Resposta:
A região metropolitana de São Paulo é a maior da América do Sul e uma fonte luminosa extremamente brilhante. Para cidades de tamanho médio ou pequeno, distâncias de 40-50 km fora do limite da cidade são suficientes para evitar a poluição luminosa, mas no caso de São Paulo, mesmo a 100 km de distância ainda é possível ver a luminosidade da mesma. Mas mesmo assim é possível observar o disco da Via Láctea no céu do interior de São Paulo a menos de 100 km da região metropolitana, basta evitar locais em que o disco galáctico fique na direção da própria cidade. Em locais nos quais existam montanhas ou colinas na direção de uma cidade a observação do céu também é facilitada, pois essas elevações atuam como um anteparo que protege o céu da poluição luminosa.

Envio: 23/08/2022

Nome: Marcos Santos

Cidade: Vitória Da Conquista

Resposta:
Praticamente todas são estrelas. Os únicos objetos facilmente visíveis a olho nu no céu, que não são estrelas, são o Sol, A Lua e os 5 planetas visíveis a olho nu (Mercúrio Vênus, Marte, Júpiter e Saturno). Fora estes, são também visíveis duas galáxias-satélite da Via Láctea, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães e, de forma ainda mais difícil, a galáxia de Andrômeda. Mas essas três galáxias só são visíveis em condições ideais de observação: noite limpa e sem lua, em local sem iluminação artificial e é necessário que o observador saiba procurá-las.

Envio: 15/07/2022

Nome: Davison Castro Da Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
O conteúdo de astronomia no ensino fundamental é descrito na Base Nacional Comum Curricular. De fato, muitas vezes esse conteúdo é omitido, mas ele está previsto e é (ou deveria ser) obrigatório. Cabe aos professores ensinar e às autoridades do ensino fiscalizar a sua aplicação. Não existe uma disciplina de astronomia prevista, os conteúdos de astronomia estão dispersos em outras disciplinas como geografia e ciências. Nós da USP não temos como fiscalizar esse ensino, tal tarefa é obrigação das secretarias municipais e estaduais de educação.

Envio: 15/07/2022

Nome: Davison Castro Da Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
O telescópio James Webb acabou de entrar em operação, não faz nem um mês que os ajustes e calibrações preliminares foram concluídos e a operação normal se iniciou. Ontem mesmo foram divulgadas imagens de Júpiter. Não temos acesso a toda a lista de alvos do telescópio, mas com certeza todos os alvos de interesse serão observados ao longo dos próximos meses e anos. Compare com o telescópio Hubble por exemplo: ele já opera há 32 anos! O que será que o telescópio Webb terá observado depois de 30 anos de operação? Só podemos imaginar...

Envio: 13/07/2022

Nome: Paulo Fernandes

Cidade: Santos

Resposta:
Toda a informação viaja no universo com a velocidade da luz, esse é o limite superior das velocidades. Assim sendo, vemos a estrela mais próxima do Sol, Alfa Centauri, como ela era há 4,3 anos, pois ela está a 4,3 anos-luz de distância. A galáxia de Andrômeda, a mais próxima da Via Láctea, está a 2,5 milhões de anos-luz de distância, portanto nós vemos ela como era há 2,5 milhões de anos. Este é um limitador incontornável quando se trata de observações astronômicas. Como tratar com isso? Através de modelos teóricos, como você bem disse. Tais modelos normalmente são testados a partir de objetos próximos: as estrelas normalmente evoluem em escalas de tempo de centenas de milhões ou bilhões de anos, portanto as estrelas da vizinhança do Sol são excelentes alvos de teste para modelos pois em escalas de tempo de dezenas ou centenas de anos, as estrelas não mudam. Estes resultados posteriormente são aplicados a objetos mais distantes. O mesmo vale para as galáxias: uma galáxia não muda significativamente em milhões de anos e sim em bilhões. Logo, resultados obtidos a partir de estudos de galáxias próximas são aplicados a alvos mais distantes. O que garante que eles sejam aplicáveis: é a universalidade das leis físicas. Todos os testes já imaginados e aplicados a corpos celestes próximos e distantes indicam que as leis físicas são universais, portanto é possível extrapolar resultados locais para regiões muito distantes de nós.

Envio: 28/05/2022

Nome: Rafael Francisco Da Silva

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
As estrelas que compõem as constelações não estão fisicamente próximas umas das outras, elas apenas estão na mesma direção no céu quando vistas daqui da Terra. Cada constelação apenas delimita uma área no céu e não existe nenhuma consideração sobre distâncias envolvidas nessa definição. Ou seja, numa mesma constelação podem existir estrelas com distâncias muito diferentes entre si. Um bom exemplo são as Três Marias, que estão na constelação de Órion. A do meio tem aproximadamente o dobro da distância de nós do que as outras duas. Assim sendo, não faz sentido falar em distâncias entre constelações.

Envio: 16/03/2023

Nome: Agustina Segatta

Cidade: Rj

Resposta:
O ingresso no programa de pós-graduação em astronomia é feito através de um processo seletivo que inclui uma prova de conhecimentos, análise do histórico escolar e análise de currículo. A prova de conhecimentos é o EUF (Exame Unificado de Física), que requer conhecimentos compatíveis com os programas dos bacharelados em astronomia ou em física, porém não existe impedimento de que uma pessoa de outra área preste o exame. Se for aprovada, a pessoa pode se inscrever na pós-graduação sem problemas. Veja mais detalhes sobre o ingresso no programa de pós-graduação na página do mesmo: https://www.iag.usp.br/pos/astronomia/portugues/inicio , em particular, veja os editais do processo seletivo na coluna da esquerda.

Envio: 10/01/2023

Nome: Daniele Aparecida Da Silva

Cidade: Piedade De Caratinga

Resposta:
Sim, o ingresso na pós-graduação em astronomia requer principalmente conhecimentos de física. Neste caso, sugerimos que você faça o bacharelado em física (licenciatura não serve!) e depois a pós-graduação em astronomia. Existem excelentes programas de pós-graduação em astronomia em diversos estados do Brasil.

Envio: 19/12/2022

Nome: Taynara Jéssica De Melo

Cidade: Penha-Sc

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada, ou seja, astrofísica. Uma carreira profissional em astronomia começa com a formação universitária, que pode ser o bacharelado em física ou em astronomia, e depois prossegue com a pós-graduação na área. Para um/uma adolescente de 15 anos descobrir se tal carreira está ou não dentro de suas aptidões, é necessário ver se a pessoa gosta e tem aptidão para física, matemática e computação, que são requisitos básicos ao longo de toda a carreira. Atualmente em quase todos os estados do Brasil existem universidades com bons bacharelados em física (em astronomia existe em poucos lugares) e também existem excelentes programas de pós-graduação em astronomia em diversos estados, portanto nesta fase de formação, ou seja, no ensino médio, o importante é saber se a pessoa gosta da área das ciências exatas.

Envio: 03/12/2022

Nome: Júlia Seraphim

Cidade: Campinas

Resposta:
Sim, é possível sim fazer pós-graduação em astrobiologia tendo biologia como formação inicial. Astrobiologia é uma área de pesquisa altamente interdisciplinar, que envolve especialistas em biologia, química, física e astronomia.

Envio: 23/08/2022

Nome: Bianca Melo

Cidade: Mairiporã

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia é uma área da física aplicada, portanto o curso, assim como a atividade profissional, exigem bastante conhecimento nestas áreas. Claro que não é preciso você entrar sabendo tudo, é para isso que o curso existe, mas é importante saber que o bacharelado em astronomia tem a mesma carga de física, matemática e computação do bacharelado em física. Visite a página do Bacharelado em Astronomia no nosso site e examine em particular a matriz curricular e as informações sobre o mercado de trabalho para ver se você acha o curso interessante: https://www.iag.usp.br/astronomia/bacharelado-em-astronomia

Envio: 20/07/2022

Nome: Mateus

Cidade: Gurupi-To

Resposta:
Certamente o lançamento do telescópio Webb chamou a atenção dos meios de comunicação para a astronomia e este tipo de visibilidade é um estímulo para os jovens interessados em ciências de modo geral. Mas não é só ele! A divulgação de novos resultados científicos (como a imagem do buraco negro central da Via Láctea) também desperta o mesmo tipo de interesse. Este tipo de visibilidade é de curta duração, em pouco tempo deixa de ser novidade e não aparece mais na imprensa, portanto é importante que os meios de comunicação sejam sempre informados sobre as novas descobertas científicas. Por isso mesmo os grandes observatórios e institutos científicos atualmente têm assessorias de comunicação destinadas a divulgar os resultados obtidos.

Envio: 28/04/2022

Nome: Amanda Souza

Cidade: Barueri - Sp

Resposta:
O ingresso na área de astroquímica pode ser feito através da astronomia ou do programa de pós-graduação em química. Você deve entrar em contato com o Instituto de Química para maiores esclarecimentos. O ingresso na pós-graduação em astronomia é feito através de um processo seletivo que inclui um exame de conhecimentos de física e matemática. Não é necessário ser formado/a em astronomia ou física para fazer esse exame, mas os conteúdos do mesmo são compatíveis com o que é ensinado no bacharelado em astronomia ou em física. Para maiores esclarecimentos, veja a página do nosso programa de pós-graduação: https://www.iag.usp.br/pos/astronomia/portugues/inicio . Em particular, veja a aba "Seleção" no menu horizontal superior. Quanto a visitas ao IAG, não temos um programa de visitas individuais, pois não existem recursos humanos para tanto, mas temos atividades de extensão, algumas das quais incluem visitas. Veja mais detalhes no nosso website, em particular veja as atividades descritas na aba "Cultura e Extensão" no menu superior: https://www.iag.usp.br/astronomia/

Envio: 23/12/2021

Nome: Pedro Henrique Souza Santos

Cidade: Maceió

Resposta:
A Astronomia, vista como atividade profissional, está muito próxima da Física. No Brasil os profissionais trabalham em universidades onde existe pesquisa na área ou em institutos de pesquisa do governo federal. A atividade profissional é muito variada, ela envolve preparar e executar projetos de pesquisa científica, que tanto podem ser observacionais, coletando e processando dados obtidos em observatórios astronômicos profissionais, como teóricas, através de modelagens computacionais ou teórico-matemáticas. Também faz parte da atividade profissional preparar e ministrar aulas, bem como as tarefas de orientação de estudantes de graduação e pós-graduação. A formação de um pesquisador em astronomia, assim como em todas as ciências naturais, precisa ser completa: graduação, mestrado e doutorado. Sem dúvida que qualquer um pode ser astrônomo, desde que seja aprovado em um vestibular e faça sua formação completa. Ela inicia com o bacharelado em física ou em astronomia e depois segue com a pós-graduação em astronomia. Veja em nosso site as questões respondidas na aba "A profissão de astrônomo" e veja também no link a seguir mais informações sobre o curso de astronomia e a profissão: http://www.astro.iag.usp.br/~bacharelado/

Envio: 28/10/2021

Nome: Vitor

Cidade: Curitiba

Resposta:
A área de astrobiologia (e correlatas) é muito jovem no mundo todo e no Brasil não é diferente. Existem programas de pós-graduação nessa área em diversas universidades brasileiras, alguns são já consolidados e outros estão no início. Não temos como fornecer uma lista completa, até para evitar omissões, mas entre as universidades com núcleos de pesquisa ativos na área pode-se listar USP, UFRGS, UFRJ, UEL, LNLS, ON, entre outros. As condições para ingresso nos programas de pós-graduação variam muito, não existe uma regra única. Nossa sugestão é que você se informe junto a alguns programas sobre as condições de ingresso e sobre as áreas de pesquisa existentes em cada um.

Envio: 28/09/2021

Nome: Leonardo Ramos

Cidade: Santo Andre

Resposta:
O processo seletivo para ingresso na pós-graduação em astronomia é feito através de um exame de conhecimentos de física, chamado "Exame Unificado de Física", ou EUF, que é utilizado na seleção candidatos para cursos de pós-graduação em física e astronomia de diversas faculdades do país. Assim sendo, com certeza o curso de física irá preparar você melhor para o processo seletivo de ingresso na pós-graduação em astronomia.

Envio: 22/09/2021

Nome: Giovanna Da Mata

Cidade: Goiânia

Resposta:
O Bacharelado em Astronomia possibilita a dupla titulação com o Bacharelado em Física. Para obtê-lo basta fazer um conjunto de disciplinas complementares que geralmente tomam um ano a mais. Quanto à Licenciatura em Física, este é um curso diferente. Um bacharel em astronomia certamente pode cursá-lo através do mecanismo de ingresso de diplomados que a universidade possui e obter a equivalência de muitas disciplinas. Mas é preciso fazer todo o conjunto de disciplinas de didática e pedagogia, bem como os estágios docentes. Nesse caso não se trata de dupla titulação, trata-se de fazer outro curso.

Envio: 07/09/2021

Nome: Maria Fernanda Siqueira Dos Santos

Cidade: Teresina

Resposta:
Não existem telescópios instalados na Estação Espacial, então não é comum a presença de astrônomos. Já houve casos de astrônomos presentes na estação, mas poucos, já que pesquisas lá realizadas estão mais relacionadas à astronáutica do que à astronomia. Vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada, então os profissionais precisam sim ter aptidão para as ciências exatas, em particular física, matemática e computação. Para saber mais sobre o curso de astronomia e a profissão de astrônomo, veja as páginas do curso na internet: http://www.astro.iag.usp.br/~bacharelado/ Em particular, veja as Perguntas Frequentes na aba "O Curso", no menu horizontal superior

Envio: 20/05/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Em todas as áreas de pesquisa acadêmica (física, matemática, astronomia, química, biologia, ...), os profissionais com posições permanentes têm doutorado na área. Isso significa que aqueles que pleiteiam essas posições já fizeram graduação, mestrado, doutorado e, em muitos casos, pós-doutorado também. Tudo isso toma tempo. Em geral os profissionais contratados em universidades onde existe pesquisa na área têm mais de 30 anos e iniciaram sua graduação há mais de 10 anos. Por outro lado, nossa experiência dentro da USP mostra que algumas pessoas optam por caminhos diferentes, fazem o bacharelado em astronomia e vão direto para o mercado de trabalho, trabalhando em ensino ou divulgação científica. O caminho a seguir depende da vocação e das aptidões de cada um.

Envio: 16/01/2021

Nome: Giulia Cristina Da Silva

Cidade: Varzea Paulista

Resposta:
Sim, é o que as pessoas normalmente fazem: ingressam na graduação e, uma vez que ela seja concluída, entram diretamente na pós-graduação. Mas a passagem da graduação para a pós-graduação não é automática, existe um exame de admissão que todos precisam fazer, inclusive quem cursou astronomia na USP.

Envio: 29/11/2020

Nome: Robson Adriano Machado Júnior

Cidade: Sorocaba/Sp

Resposta:
O mercado de trabalho em astronomia não é grande, existem poucas vagas, mas por outro lado o número de profissionais também é muito pequeno. Não se pode esquecer que, como em todas as áreas de pesquisa acadêmica, os empregos para pesquisadores em astronomia são para quem doutorado na área. O mesmo vale para pesquisadores em física, química, matemática... Sendo assim, os números se equilibram: existem poucas vagas mas também existem poucos profissionais qualificados no mercado.