Respostas

Você tem curiosidade sobre Astronomia? Envie sua pergunta a um astrônomo profissional através do formulário. As perguntas respondidas podem ser consultadas abaixo:

Envio: 06/06/2022

Nome: Pedro Paulo Prado

Cidade: São Paulo

Resposta:
Existem distintas maneiras de definir a distância Terra-Lua. O que se chama de distância característica (ou distância média) corresponde ao semieixo maior da órbita da Lua, considerado como o centro de massa da mesma orbitando o centro de massa da Terra. Portanto trata-se da distância referida ao centro dos dois corpos. A distância instantânea, obtida a partir dos retrorefletores de raios laser colocados na Lua pelas missões Apollo, varia instantaneamente devido à órbita elíptica da Lua em torno da Terra e também se refere aos centros dos dois corpos.

Envio: 02/06/2022

Nome: Joaquim Melo Vieira

Cidade: Lages

Resposta:
Não existe nenhuma possibilidade física da Terra parar de girar. A razão é muito simples: não existe um freio capaz de paralisar completamente a rotação de nosso planeta. O que está acontecendo de forma muito lenta é uma pequena desaceleração na velocidade de rotação: a cada século a duração do dia fica em média 1,8 milésimos de segundo mais longa. Isso quer dizer que há 600 milhões de anos, antes da época dos dinossauros portanto, a duração do dia, era de aproximadamente 21 horas. Mas isso não significa que a Terra irá parar de girar.

Envio: 29/05/2022

Nome: Ricardo Fernandes

Cidade: São Paulo

Resposta:
Porque este é o mesmo sentido da rotação do Sol, e também o mesmo sentido das órbitas de todos os planetas. Este sentido comum de orientação é uma "herança" do sentido de rotação da nebulosa protossolar, da qual o Sol se formou e, com ele, todo o sistema planetário. Tecnicamente, trata-se de uma consequência direta das leis de conservação da física, em particular a lei de conservação do momentum angular: se a nebulosa da qual o sistema solar se formou girava num sentido, todos os corpos dela originados tendem a girar no mesmo sentido.

Envio: 19/05/2022

Nome: Hugo

Cidade: Campo-Grande, Ms

Resposta:
As estrelas sempre estão no céu, nós vemos elas ao anoitecer porque o Sol deixa de iluminar a atmosfera da Terra. Assim, a atmosfera deixa de refletir parte da luz do Sol e o céu deixa de ser azul brilhante, permitindo ver as estrelas. O único movimento que vemos nelas é o efeito da rotação da Terra: as estrelas, assim como o Sol e a Lua, aparentam nascer no horizonte leste e se põem no oeste, mas esse é apenas o efeito da rotação da Terra.

Envio: 11/05/2022

Nome: Jaqueline

Cidade: Betim

Resposta:
O fato de falarem mais em eclipses nos últimos anos provavelmente está relacionado à circulação maior de informações que está ocorrendo depois da popularização da internet, porque o ciclo de ocorrência dos eclipses é conhecido há pelo menos 2500 anos, talvez bem mais do que isso. Os eclipses são consequência dos movimentos relativos do Sol, da Terra e da Lua e, com o uso de computadores, eles podem ser previstos com séculos de antecedência, não existe nenhuma surpresa em sua ocorrência. Todos os anos ocorrem eclipses, a cada ano ocorrem entre 2 e 7 deles, combinando-se os solares e os lunares. O que acontece é que os eclipses solares são visíveis apenas de uma fração muito pequena da Terra e, de fato, para um mesmo local, a ocorrência de dois eclipses solares totais é bem rara.

Envio: 03/05/2022

Nome: Marilda

Cidade: Curitiba

Resposta:
A órbita da Lua em torno da Terra é uma elipse. A distância máxima é de 406.700 km e a mínima é de 356.500 km. Transformando-se em diâmetro angular, o diâmetro mínimo, com a Lua no apogeu, é de 29,7 minutos de arco e o máximo, com a Lua no perigeu, é de cerca de 34 minutos de arco. Essa variação do diâmetro angular não é grande e normalmente não pode ser notada a olho nu, ainda que possa ser facilmente medida com instrumentos como teodolitos.

Envio: 30/04/2022

Nome: Ronaldo Costa

Cidade: Belém

Resposta:
O método mais usado para determinar a idade de nosso planeta é a datação das rochas: usando-se a chamada técnica de datação radiométrica é possível determinar a idade dos minerais naturalmente radioativos. As rochas mais antigas da Terra estão na Austrália Ocidental e através delas chega-se a 4,4 bilhões de anos aproximadamente. Aplicando a mesma técnica a minerais ainda mais velhos como as amostras trazidas da Lua, chega-se a 4,54 ± 0,05 bilhões de anos para o nosso planeta. Essa idade é compatível com o que é estimado para a idade do sistema solar como um todo, o que também pode ser feito aplicando-se a mesma técnica para datar meteoritos.

Envio: 07/03/2022

Nome: Isa

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A Lua pode ser vista de qualquer ponto na Terra. Claro que não é sempre nem a toda hora, mas em algum momento, qualquer observador na superfície da Terra poderá ver a Lua. Não existem locais impossíveis de observá-la.

Envio: 22/02/2022

Nome: Vicente Martinez Sobrinho

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
Os períodos naturais são o dia solar de 24 horas definido pela rotação da Terra, o ano trópico de 365,2421 dias definido pela órbita da Terra em torno do Sol, e o mês lunar de 29,53 dias, definido como um ciclo completo das fases da Lua. A semana de 7 dias não é um período natural, sua duração não está relacionada a nenhum fenômeno celeste. Há historiadores que atribuem a origem da semana de 7 dias aos babilônicos, sua duração estaria associada aos 7 corpos celestes que se movem em relação às estrelas e que podem ser vistos a olho nu: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.

Envio: 12/02/2022

Nome: Eliane Gomes De Aguiar

Cidade: Jatei

Resposta:
Tempestades solares ocorrem com bastante frequência. Esse termo é usado quando partículas carregadas são ejetadas de algum ponto da superfície do Sol por uma explosão. Essas nuvens de partículas viajam pelo sistema solar e, em algumas vezes, a Terra está no caminho. Quando isso acontece, podem haver interrupções nas comunicações via satélite e nos sinais de rádio em algumas frequências, mas é muito raro que tais tempestades sejam intensas a ponto de danificar equipamentos. Em alguns casos extremos podem haver danos permanentes em satélites e em equipamentos de radiocomunicação. As tempestades solares são mais intensas a cada 11 anos, quando ocorre um máximo na atividade solar. O último máximo foi em 2013 e o próximo será em 2024.

Envio: 10/01/2022

Nome: João Acquafreda Neto

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, esse ponto fica numa linha imaginária traçada pelo centro do Sol e pelo centro da Terra, mas "atrás" da Terra em relação ao Sol, e situado a cerca de 1,5 milhões de km da Terra. Colocado lá e girando em torno do Sol com a mesma velocidade orbital da Terra, ou seja, uma volta em torno do Sol por ano, o telescópio estará numa posição estável, sua posição em relação à Terra não se altera. Em termos de distância, ele fica 4 vezes mais longe da Terra do que a Lua, mas ainda no sistema solar interno. Para saber mais, leia esse artigo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pontos_de_Lagrange

Envio: 14/12/2021

Nome: Geraldo José Ferreira

Cidade: Guarapuava Pr

Resposta:
As ejeções coronais de massa pelo Sol, que provocam as chamadas tempestades geomagnéticas, ocorrem com bastante frequência. Elas são consequência do ciclo normal de atividade solar, com máximos a cada 11 anos, seguindo o ciclo da atividade solar. Existem vários sites que fornecem o fluxo de partículas solares sobre a Terra como este:
https://www.spaceweather.com/

Veja o link abaixo. Ele dá a lista das tempestades geomagnéticas extremas das últimas décadas:
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_solar_storms
Como se pode ver, elas ocorrem com razoável frequência.

Em casos de eventos extremos, que felizmente são bem raros, poderia haver danos na rede de distribuição de energia e nas comunicações via satélite. A internet, por outro lado, é quase toda baseada em cabos submarinos de fibra óptica e não seria muito afetada.

Envio: 07/10/2021

Nome: Themis Sioares

Cidade: Poa

Resposta:
O período de rotação da Lua em torno de seu eixo é igual ao seu período de translação em torno da Terra. Dessa forma, aqui da Terra vemos sempre a mesma face da mesma.

Envio: 22/09/2021

Nome: Daniel

Cidade: São Paulo

Resposta:
Faça uma foto da posição do Sol no céu a cada dia do ano (ou a cada semana se não quiser muitas fotos), mas sempre na mesma hora, no mesmo lugar e com a câmera na mesma posição. Depois superponha tudo! Você terá construído um analema, uma figura que tem a forma de um "8" inclinado em relação ao horizonte. A existência do analema se deve à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol e também ao fato de que a órbita de nosso planeta é excêntrica, ela não é um círculo perfeito e sim uma elipse. Em outros planetas o analema será diferente porque as inclinações dos eixos dos planetas e a excentricidade de suas órbitas são diferentes entre si.

Envio: 27/08/2021

Nome: Rômulo Pinheiro

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
As constelações visíveis no inverno NÃO SÃO as mesmas visíveis no verão. Seu raciocínio está totalmente correto: tomando, por exemplo, o céu visível no solstício de inverno, apenas metade da esfera celeste é visível, a outra metade está na direção do Sol e portanto não é visível. Passados 6 meses a Terra percorre metade de sua órbita em torno do Sol e outra fração do céu noturno fica visível. Sugerimos que você instale no seu computador um programa tipo planetário virtual como Stellarium ou Cartes du Ciel (ambos são gratuitos e têm versão em português), com eles você poderá visualizar o céu visível em sua cidade em qualquer dia do ano e qualquer horário da noite.